I encontro sobre clima, tecnologias e redução de riscos de desastres

Pioneirismo

Por Luiz Paulo em 27/03/2023 às 19:00:21

I encontro sobre Clima, Tecnologias e Redução de Riscos e Desastres realizado em Macaé

Olá meus amigos e amigas! Como vão? Espero que estejam todos bem. Hoje eu vou falar um pouco de um evento que ocorreu na cidade de Macaé, mais precisamente na Cidade Universitária no último dia 23/03.

A primeira matéria que escrevi aqui (depois que voltei a escrever para a coluna) chama-se o triste cenário dos deslizamentos. https://www.rjnewsnoticias.com.br/coluna/dimensao-arquitetura/343-o-triste-cenario-dos-deslizamentos.html

Na ocasião trouxe algumas questões que todos sabemos – os problemas relacionados aos deslizamentos, apontando os fatos do litoral norte de São Paulo, e outras tragédias que têm acontecido de forma mais devastadora e com maior frequência.

Também pontuei sobre as responsabilidades e que o cenário parece não evoluir, ou caminha lentamente.

O evento realizado, I encontro sobre clima, tecnologias, redução de riscos e desastres é um alento e sobretudo uma ação que articula o poder público, as universidades, as escolas e a defesa civil para evitar e mitigar os impactos causados pelas chuvas.

O encontro contou com a participação do Vice-Prefeito de Macaé, Sr. Célio Chapeta, que representando a prefeitura, firmou a parceria da prefeitura com as instituições com a verba para custear o desenvolvimento e a instalação de equipamentos de estação meteorológica nas escolas espalhadas pela cidade, tanto na sede como nos distritos.

Estavam presentes alguns dos diretores e diretoras das escolas municipais onde de forma preliminar devem ser instalados os equipamentos.

O Secretário da Defesa Civil, Sr. Joseferson de Jesus apresentou a importância do monitoramento como uma forma de prevenção aos desastres, que a aproximação das escolas com as universidades e a Defesa Civil pode fomentar a formação das crianças e adolescentes, criando o interesse deles pelo ambiente acadêmico. O Secretário destacou dados do monitoramento das áreas de risco e sem titubear também lembrou que as pessoas moram em área de risco não por que querem e que acabam se sujeitando devido as condições econômicas e sociais que as empurra para isso. Também mostrou o panorama das chuvas na cidade e os impactos, como no entorno da Cidade Universitária e do Shopping em Macaé e também locais como o Aterrado do Imburo. O monitoramento a partir das escolas propiciará que alunos e professores sejam agentes locais, ensinando para suas famílias e comunidades questões de prevenção e segurança, ajudarem em âmbito local para que todos possam estar em um local seguro.


Sr. Joseferson, Secretário da Defesa Civil no I encontro sobre o clima, tecnologias e redução de riscos de desastres. Foto: Divulgação

Algumas diretoras participaram da fala, corroborando para a importância da ação. Em certo momento houve um impasse quanto a participação de certas escolas, por que algumas teriam aparelho e outras não, ou a questão da idade das crianças muito novas em certas escolas poder ser um empecilho; o que rapidamente foi contornado. Primeiramente o programa deve ser contínuo, assim, se em um primeiro momento forem 31 escolas, daqui há um tempo poderão ser 40, 50 ou mais. Neste momento o professor Anselmo Pestana, do núcleo GPICM da UFRJ em Macaé trouxe informações quanto ao fato do modelo desenvolvido com a universidade ser muito mais barato em relação aos modelos de mercado e a possiblidade de jovens e escolas estarem inseridas neste contexto de aprender a montar a sua própria estação meteorológica.

Professor Anselmo esteve presente mostrando os destaques dos alunos do curso de engenharia e o intercâmbio da UFRJ com as escolas.

Aparelho de monitoramento que é mais barato do que o fornecido pelo mercado sendo demonstrado por aluno participante.

Seguindo o evento, a professora, meteorologista, Maria Justi apontou a importância da meteorologia para os mais variados campos, como a questão das ondas, da agricultura, e claro, o monitoramento e prevenção aos desastres. A professora aproveitou a oportunidade para lembrar que é possível ter no cenário inclusive às crianças nos primeiros anos de vida. É possível de forma lúdica ensinar as crianças algumas questões que vão ser assimiladas e fazer parte da vida delas. A professora Justi apresentou um site de um dos programas de extensão, Tempo de Aprender em Clima de Ensinar – www.climadeensinar.com.br, que trás entre outras coisas conteúdo científico que pode ser material de pesquisas e debates nas salas de aula.

Professora Justi que trouxe informações sobre os trabalhos realizados pelo LAMET- UENF.

A professora pode levar às pessoas quanto a formas de monitorar o clima e uma das formas mais importantes é através de um radar meteorológico. O Estado do Rio conta com dois radares, único Estado cujo o alcance do radar cobre o território inteiro. Um desses radares está instalado na cidade de Macaé, na área do LAMET (Laboratório de Meteorologia) através da UENF.

Ao concluir o evento o professor da UFRJ, Allan Cormack, do departamento de Inovação apresentou sobre a integração da rede das estações meteorológicas, a leitura dos dados processados e subsequentemente o pode ou deve ser feito a partir dos dados coletados.

Ainda não posso antecipar outras informações, mas há boas perspectivas de ampliar alguns trabalhos. Pude expor alguns pontos para o Secretário Joseferson e para a Professora Justi que se mostraram bastante receptivos. Espero escrever aqui na página o meu compromisso público com eles e com o Nós da Cidade! e breve poder trazer isso por aqui e convidá-los a conhecer e participar.

Por hora desejo todo sucesso para o que foi proposto e que já é realidade e que em breve um outro evento traga bons frutos dessas parcerias.

Zion
Luxhoki