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A maior reserva indígena do Brasil vive crise humano sanitária

Na retrospectiva desta semana nosso Blog reflete a situação preocupante da maior reserva indígena do Brasil. Além disso, destacamos NOTAS de interesse local e desmistificamos a data carnavalesca. Você sabe por que o Carnaval não tem data certa? Vem comigo!

Por Lourdes Acosta em 26/01/2023 às 15:08:49

Yanomamis em perigo!

Nos últimos dias, mais de mil indígenas em estado grave foram resgatados da Terra Indígena Yanomami, por equipes do Ministério da Saúde que atuam de forma emergencial em comunidades dentro da reserva. Os pacientes sofrem, principalmente, com malária e desnutrição grave. Os indígenas são resgatados das comunidades onde vivem e levados ao posto de Surucucu – uma unidade considerada de referência na região, mas que se resume a um barracão de madeira sobre chão batido e com estrutura precária. Os doentes em estado gravíssimo são encaminhados a Boa Vista. Em uma semana, o único hospital infantil do estado recebeu 29 crianças Yanomami.

Clima de guerra na terra Yanomami

O secretário de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba disse que chegou a ver garimpeiros armados enquanto participava do resgate de pacientes em estado grave. Tapeba contou que a ação, comparada por ele a uma operação de guerra, só foi possível por conta do apoio de segurança da Força Área Brasileira. "É uma operação de guerra", classificou o atendimento que tem sido feito a indígenas doentes que precisam de socorro urgente dentro da Terra Yanomami. "São mais de 20 mil garimpeiros, e são 30 mil Yanomami. A sensação que eu tenho é que o estado brasileiro estava de costa para esse território, para o povo Yanomami, pois quase 100 crianças morreram em 2022".

Crise humano sanitária

A maior reserva indígena do Brasil, o território Yanomami, vive um cenário de crise humano sanitária que afeta a saúde da sua população, principalmente das crianças, que sofrem com a desnutrição. Magreza extrema, cabelos fracos e feridas: os sinais da desnutrição grave entre os Yanomami. Sem um tratamento adequado, a desnutrição deixou as crianças mais vulneráveis a doenças e causou mortes, já que o quadro afeta todos os órgãos do corpo. No último sábado (21), o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou estado de emergência na saúde indígena do território, que deteriorou em grande parte pela atuação do garimpo e já enviou toneladas de alimentos.

Exploração ilegal com aval inédito de Bolsonaro

As únicas duas lavras para exploração de garimpo concedidas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) em Roraima, foram autorizadas durante o governo de Bolsonaro, com o aval inédito do ex-presidente, e ambas, para pessoas ligadas à exploração ilegal de minério. Segundo o Ministério Público Federal, no local tem mais de 20 mil garimpeiros atuando de maneira irregular.

"Para além da imediata ajuda humanitária e da retirada dos invasores da TI Yanomami, é urgente que a sociedade e os setores público e privado se perguntem quem está comprando o ouro e todos os produtos da floresta extraídos ilegalmente", disse o ministro da Justiça Flavio Dino em rede social.

Quatro anos, 60 pedidos...

A crise de saúde na Terra Yanomami, em Roraima, a maior do país, começou no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que passou quatro anos ignorando os pedidos de ajuda das comunidades indígenas da região. Olha, o líder Yanomami, Junior Hekurari, presidente do conselho distrital de saúde diz ter enviado cerca de 60 pedidos de ajuda ao governo Bolsonaro e não obteve resposta!!! A denúncia feita por ele afirma que todos os pedidos foram ignorados. "O povo passou quatro anos sofrendo. Muita gente, muitas crianças, morreram de malária e de desnutrição. Eu denunciei, pedi apoio ao Ministério da Saúde para ações de intervenção na saúde indígena em Roraima. A gente não recebia resposta do governo".

E na aldeia Macaé...

A Câmara Legislativa local alcançou o terceiro lugar em transparência no Estado. A pesquisa inédita, que avaliou o nível de transparência dos portais eletrônicos de cada um dos municípios fluminenses com mais de 10 mil habitantes, foi realizada pelo IFF Campos e pela Uenf e divulgada na última semana. Foram analisadas 86 casas legislativas em todo o Estado do Rio de Janeiro e a Câmara de Macaé conquistou a terceira colocação, com apenas um décimo de diferença para a segunda colocada: a Câmara de Nova Friburgo. O primeiro lugar ficou com o município do Rio de Janeiro. Segundo os pesquisadores a transparência não depende tanto de recursos financeiros e de tecnologia, mas, sim, de vontade política. Mas cá pra nós, a Câmara local está sempre alinhada com as ações do Poder Executivo, quase executando no lugar da Prefeitura, que não é o seu papel!!!

Domingo é Dia da Visibilidade Trans

Neste domingo, 29 de janeiro, o país comemora, o Dia Nacional da Visibilidade Trans e Macaé celebra com direitos básicos – O Mutirão de Requalificação Civil. O mutirão é uma política pública que garante proteção social à população transexual e travesti e um grande desafio imposto à rede socioassistencial, pois a população LGBTQIA+ tinha seus direitos negados historicamente. Em alusão à data, a coordenadoria de Políticas de Acesso e Gênero, da secretaria de Desenvolvimento Social Direitos Humanos e Acessibilidade (SDSDHA), deverá prosseguir com o Mutirão de Requalificação Civil que é oferecido como um direito básico, onde a pessoa trans pode adequar sua certidão de nascimento de acordo com sua identidade de gênero e o nome social que utiliza.

O Desenrola vai incrementar a vida de muita gente...

A primeira etapa do 'Desenrola' deve ser lançada agora em fevereiro e pode atender cerca de 40 milhões de pessoas endividadas. Promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o novo programa federal de renegociação de dívidas terá como foco pessoas que recebem até dois salários-mínimos. Um fundo com recursos da União será utilizado para honrar as dívidas dos endividados em caso de inadimplência. Dessa forma, o risco para os bancos seria menor, e o programa seria mais atrativo para as instituições financeiras. A ideia é limitar a renegociação de dívidas de até R$ 5 mil por negativado. Além disso, o programa como um todo só aceitará renegociar dívidas contraídas até dezembro de 2022. O cálculo é o programa beneficie de 35 a 40 milhões de pessoas que estão nessa situação de inadimplência.

E o carnaval, qual é a data certa?

Em 2023, a terça-feira de carnaval e a Quarta-feira de Cinzas ocorrem, respectivamente, em 21 e 22 de fevereiro. Mas, você sabe por que a data muda anualmente? Ora é em fevereiro, ora é em março? A cada ano, os dias de folia mudam dependendo da data estabelecida pela Igreja Católica para a Páscoa a partir da mudança das estações e do calendário lunar. Sem data fixa, cada ano a folia começa em um dia diferente. Mas, como saber em qual dia vai ser? Bem, estes dias são definidos com base no calendário padronizado pela Igreja Católica. A contagem de dias para definir a data do carnaval a cada ano começa com a Páscoa e é definida pelo Equinócio...

E o carnaval, qual é a data certa II

... Bem para calcular essa data, é preciso saber o que é equinócio. O carnaval, como a maior festa popular do Brasil é comemorado 47 dias antes da Páscoa. A terça-feira de carnaval é 40 dias antes do Domingo de Ramos. Então, vamos lá. O equinócio ocorre duas vezes ao ano, quando o dia e a noite têm exatamente a mesma duração: 12 horas cada. E ele acontece, primeiro, por volta do dia 20 de março de cada ano. No Hemisfério Sul, é o equinócio de outono, e no Hemisfério Norte, o de primavera. Em setembro, ocorre novamente entre os dias 22 e 23, invertendo a estação em cada hemisfério...

E o carnaval, qual é a data certa III

... A Igreja Católica determinou que todo ano, a Páscoa seria comemorada no primeiro domingo após a primeira lua cheia do equinócio de março. Sete dias antes da Páscoa é celebrado na Igreja Católica o Domingo de Ramos, que dá início à Semana Santa. E, exatamente 40 dias antes do Domingo de Ramos, é terça-feira de carnaval. Ou seja: o carnaval é comemorado 47 dias antes da Páscoa!!!

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Por aqui Lourdes Acosta

Jornalista - DRT/MTP 911 MA.

Macaé/RJ, 26/01/2023.

# O Papa Francisco criticou as leis que criminalizam a homossexualidade como "injustas", dizendo que Deus ama todos os seus filhos assim como eles são e pediu aos bispos católicos que apoiam as leis contrárias a isso que recebam pessoas LGBTQ na igreja.

# Francisco citou o Catecismo da Igreja Católica ao dizer que os gays devem ser bem-vindos e respeitados, e não devem ser marginalizados ou discriminados. "Ser homossexual não é crime", disse ele. "Não é crime. Sim, mas é pecado! Tudo bem, mas primeiro vamos distinguir entre um pecado e um crime". "Também é pecado faltar à caridade uns com os outros", acrescentou.

Zion
Luxhoki