Camara Itinerante

MinistĂ©rio da PrevidĂȘncia discutirĂĄ saĂ­das para trabalhador informal

Por RJNEWS em 04/01/2023 às 05:29:42
Carlos Lupi propõe regime de contribuição diferenciado

Carlos Lupi propõe regime de contribuição diferenciado

O novo ministro da PrevidĂȘncia, Carlos Lupi, sinalizou a direção da nova pasta: encontrar saídas de contribuição para o mercado de trabalho informal. Em conversa com a imprensa no Congresso Nacional no domingo (1Âș), momentos antes da posse do presidente Lula, o ministro disse pensar na criação de regras diferenciadas para o trabalhador informal poder também contribuir para a PrevidĂȘncia. Nesta terça-feira (3), Lupi assumiu oficialmente o ministério.

Segundo o ministro, o excesso de trabalho informal, que passou a ser chamado também de "uberização do trabalho", em alusão aos autônomos que trabalham para aplicativos de transporte e entrega, é uma das questões prioritĂĄrias a serem resolvidas. A ideia é que esses 20 milhões de trabalhadores paguem algum valor para a PrevidĂȘncia para garantir a aposentadoria e também reforçar os cofres do seguro social.

"Temos um contingente de 20 milhões de brasileiros no serviço informal, por conta própria. E a grande maioria não paga nada para a PrevidĂȘncia. Então, se vocĂȘ cobrar um preço menor para a PrevidĂȘncia, dando um teto e um limite diferenciado, vocĂȘ tem uma arrecadação em potencial que pode melhorar muito a situação da PrevidĂȘncia", disse Lupi.

Esse valor cobrado dos informais, segundo o ministro, precisa ser "justo". "Tem que ser um preço menor e também ter um limite diferenciado no valor da PrevidĂȘncia. Não pode pagar menos para ganhar mais, tem que ser justo".

Reforma de 2019

Lupi também criticou a reforma da PrevidĂȘncia, aprovada no início do governo passado, em 2019, e quer revisĂĄ-la. Sua proposta envolve reunir representantes do governo, de sindicatos de empregadores, de trabalhadores e de aposentados e fazer uma anĂĄlise das mudanças feitas.

"Eu acho que ela foi muito prejudicial às classes mais fragilizadas da sociedade. Às mulheres, aos pobres, os que moram nos grotões do Brasil. E eu acho que isso precisa ser analisado com uma visão social. Eu penso que a PrevidĂȘncia hoje cumpre um papel de distribuição de renda como um outro órgão. São 36 milhões de brasileiros que recebem algum tipo de benefício da PrevidĂȘncia".

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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