Camara Itinerante

A ressaca eleitoral das eleições do CT

A eleição dos CTs sofreu influência político religiosa em todo o país...

Por Lourdes Acosta em 02/10/2023 às 17:10:30

Extração do boletim de urna em tempo real no colégio Polivalente

Passada a ressaca eleitoral, é hora de agradecer... Isso mesmo! É hora de dizer aos amigos, familiares e àqueles que acreditaram na competência e experiência da candidata Vivianni Acosta, ao Conselho Tutelar de Macaé (CT), o nosso muito obrigada. Obrigada, por acreditarem no trabalho que ela já vinha fazendo pelo público infanto-juvenil e se disporem em sair de casa num domingo chuvoso (1° de outubro) e se deslocarem até um dos quatro colégios eleitorais, onde ocorreu o pleito, que pela primeira vez contou com o voto eletrônico em todas as seções... Obrigada, pelo voto consciente!

Agradecer ao governo municipal, que cumpriu com as normas do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), quando colocou nas escolas uma logística e infraestrutura adequada, através dos membros do Conselho Municipal dos Direitos de Defesa das Crianças e Adolescentes (CMDDCA) que não mediram esforços para a lisura do processo; ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que por meio do TRE/RJ, disponibilizou as urnas eletrônicas para facilitar a vida do eleitor e ao Ministério Público, pela fiscalização do processo...

Mas, é preciso dizer que esta última eleição de conselheiros tutelares sofreu influência político religiosa em todo o país. Não foi somente Macaé que contou com o controle direto de pastores evangélicos e de políticos que representam várias vertentes ideológicas e que entraram em campo para influenciar o processo. Essas lideranças enxergam na disputa uma oportunidade de eleger conselheiros com quem têm afinidades de princípios e, com isso, manter uma relação estreita com esses representantes sociais que têm acesso direto à sociedade.

Política e religião não deveriam ser determinantes na escolha dos CTs, cuja missão é defender os direitos de crianças e dos adolescentes com a necessária autonomia. Portanto, pode-se dizer que é ilegal e imoral fazer uso abusivo da fé e da influência política para conquistar votos. Essa é uma conduta vedada como abuso de poder político religioso em resolução do Conanda e pelas leis eleitorais.

Quero ainda, desejar aos conselheiros eleitos com ajuda ou não de políticos e ou religiosos, que cumpram fidedignamente o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que sigam de acordo com as normas do Conanda, que é o Conselho maior nessa causa e ajam de forma a defender os direitos infanto-juvenis, busquem as políticas públicas concernentes, requisitem os serviços da Rede e trabalhem sempre em Colegiado, de acordo com o artigo 136 do ECA ...

É isso. A luta continua, principalmente, para os guerreiros que não se abatem!!!

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Artigo opinativo

Por Lourdes Acosta

Jornalista profissional

DRT/MTE 911 MA.

Macaé/RJ, 02/10/2023.

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