A Petrobras investiu R$ 600 milhões na maior campanha sísmica em águas ultraprofundas do mundo, concluída no fim de abril no campo de Tupi e na área de Iracema, no pré-sal da Bacia de Santos, litoral Sudeste brasileiro. Com duração de um ano, as operações cobriram uma área de 3.164 km², equivalente a mais de duas vezes a cidade de São Paulo. A empresa que adquiriu os dados foi a Shearwater.
Tupi, por exemplo, foi o primeiro campo descoberto no pré-sal da Bacia de Santos. Passados 13 anos desde que a Petrobras iniciou seu desenvolvimento, ainda é o ativo com maior produção em águas ultraprofundas da indústria mundial. "Foi no campo de Tupi onde impulsionamos nossa jornada no pré-sal, quebrando uma série de paradigmas, desenvolvendo novas tecnologias e abrindo caminho para uma nova fronteira exploratória. Desde então, acumulamos feitos e essa campanha de sísmica foi um deles", disse o gerente executivo de Exploração da Petrobras, Jonilton Pessoa.
Com os dados sísmicos coletados, a Petrobras pretende mapear novas oportunidades para impulsionar projetos complementares de desenvolvimento de Tupi e Iracema. "Essa campanha de sísmica permitirá a identificação não só de óleo remanescente na área, mas também de novos alvos para projetos complementares. A expectativa é que os dados sísmicos forneçam imagens das áreas mais complexas da região", complementou Jonilton.
Essa aquisição sísmica vai gerar em torno de 400 terabytes de dados (equivalente ao armazenamento de 2000 notebooks tradicionais), que serão utilizados para gerar a imagem das camadas de rocha. Para a campanha, a Petrobras mobilizou quatro navios de sísmica, duas embarcações de apoio e três robôs offshore para operações remotas (ROV). Ao todo, aproximadamente 140 pessoas se envolveram nas operações de sísmica.
Redução de emissões
A companhia utilizou três fontes sísmicas simultaneamente (triple source), solução que já vem adotando desde 2021 para aumentar a eficiência e acelerar as campanhas. Com a inovação, a companhia reduziu em cerca de 30% a duração da campanha em Tupi e Iracema, permitindo, por consequência, a redução de praticamente 30% nas emissões de gases de efeito estufa.
O Consórcio de Tupi é formado pela Petrobras (67,216%), Shell (23,024%), Petrogal (9,209%) e PPSA (0,551%).
Fonte: ASCOM Petrobras