Daniela Bairros
Na semana passada, o município de Macaé, que atualmente está na bandeira amarela da Covid-19, que significa risco médio no grau de contaminação da doença, publicou um estudo, realizado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ), apontando que Macaé tem a menor taxa de transmissão do coronavírus, dentre as cidades do estado. Segundo o estudo, divulgado no último dia 19, o índice se manteve abaixo de 1 e que a tendência de queda do número de pessoas contaminadas pode ser confirmada na última pesquisa realizada pela universidade na segunda quinzena de abril, quando o município registrava o índice de contágio de 1,07. Mas, segundo o professor e doutor em física do GT (Grupo de Trabalho) de Enfrentamento à Covid-19 da UFRJ Macaé, Antonio Guimarães, Macaé está com uma mortalidade bastante alta, o que indica, segundo ele, que os casos ativos da infecção devem estar altos também. "Isso implica em um risco alto para os indivíduos de contraírem a infecção", explicou o especialista ao RJ News.
No estudo divulgado na semana passada, foi constatado que o índice de transmissão da doença, em Macaé, ficou em 0,94, abaixo do avaliado em toda a região Norte Fluminense, com 1,13 e do Estado, que registrou 1,18. A pesquisa foi iniciada no último dia 08 de maio e concluída no último dia 18.
Segundo o especialista e professor do GT Covid-19 da UFRJ Macaé, o estudo divulgado semana passada indica como é feito o cálculo nos níveis de risco. "É um indicador de risco para o sistema de saúde, não para o indivíduo. Se o vírus tiver com alta circulação, o risco para a pessoa pode ser alto, mas se o município está com bastante leitos, o nível de risco, que define a cor, pode ser baixo.
O estudo da UFRJ mostrou também que o índice de contágio de reprodução da doença em Macaé é menor que o das demais cidades avaliadas, como a capital Rio de Janeiro, cuja o índice é 1,29, Niterói 1,17, Nova Iguaçu 1,31, e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, 1,27.
Atualmente, o município de Macaé, segundo o Covidímetro dessa segunda-feira, dia 24, contabilizava 27. 251 casos confirmados, 594 óbitos. A taxa de ocupação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é de 66%, e taxa de letalidade, 2,18%.
