Daniela Bairros
Durante sessão ordinária desta terça-feira, dia 06, na Câmara Municipal, os vereadores de Macaé pediram diálogo com o Poder Executivo para implantar, no município, energia sustentável. O projeto de lei 023/2021, de autoria do vereador Edson Chiquini (PSD), que dispõe sobre a instalação de sistema de captação de água de chuva, geração de energia elétrica solar, fotovoltaica em prédios públicos danificados ou reformados, em Macaé, foi lido no expediente da sessão, mas será encaminhado para segunda discussão e votação.
Em sua fala, o vereador e autor do projeto, Edson Chiquini, enfatizou que Macaé precisa se tornar em uma cidade sustentável e ecologicamente correta. "Quanto à energia solar, nós podemos reduzir muito, a poluição e o custo, já que é uma energia limpa, mais barata. Macaé gasta, hoje, mais de R$ 3 milhões por mês, com energia elétrica. Podemos economizar em tudo isso". Ainda de acordo com o parlamentar, a energia sustentável é um investimento que tem um retorno rápido e muito barato. "Hoje, o município de Macaé, por mês, gasta milhões com energia elétrica. Podemos investir e reduzir os custos. Seria um retorno muito barato para a nossa cidade. Quanto à captação de água de chuva, na cidade, existem vários pontos, que também podem reduzir as enchentes, recuperar a água para as plantas e até mesmo para lavar veículos. É também uma economia de custo. O projeto de lei que estou apresentando aqui na casa, traria uma sustentabilidade para o município, que seria ecologicamente correto. Poderíamos economizar recursos, para investir em outros setores. Poderíamos economizar em até 95% os custos que a cidade gasta, por mês, com energia elétrica", ressaltou o vereador.
Para o vereador e presidente da Câmara Municipal, Cesinha (PROS), o projeto para implantar energia sustentável é importante e iria colaborar com a economia de energia elétrica em Macaé. "Olha o quanto já se pagou de energia elétrica em Macaé. E o projeto de lei, de autoria do vereador Edson Chiquini, é muito pertinente. Eu tomei um susto quando a minha conta de luz chegou. O valor veio triplicado. O que o vereador Edson traz aqui é muito importante. Eu conversei sobre energia sustentável com o prefeito Welberth Rezende (Cidadania). A curto prazo, o investimento para implantar na cidade, a energia sustentável, é o melhor que eu já vi. Macaé gasta milhões com tarifas de energia elétrica. E nós pretendemos implantar isso na casa. A Mesa Diretora já está fazendo o estudo e a expectativa é que, em breve, daremos início ao processo de licitação, para a implantação de energia sustentável. Eu só não sei como o Poder Executivo poderia adotar a medida, já que não podemos gerar custos. Por isso, há vários projetos de lei com veto do prefeito, mas a iniciativa do vereador Edson Chiquini é para poder alertar o Executivo, para que elabore o projeto, com a iniciativa do vereador. É uma excelente iniciativa, mas acredito que o Executivo não vá olhar com bons olhos, pois não podemos criar e gerar custos", explicou o vereador Cesinha.
O vereador Reginaldo do Hospital (Pode) também opinou sobre o projeto para implantar energia sustentável em Macaé e afirmou que, por mais que os vereadores não possam criar projetos que gerem custos ao município, o projeto de lei, de autoria do vereador Edson Chiquini, cria um custo inicial, mas a longo prazo, traz economia à cidade. "Esse projeto tem que ser visto sim com muito carinho pelo prefeito. É um grande projeto e já afirmo que vou votar favorável", afirmou.
O vereador Alan Mansur (Cidadania), ao se pronunciar sobre o projeto de lei do vereador Edson Chiquini, sugeriu que o parlamentar faça um requerimento, solicitando ao Poder Executivo, a implantação de energia sustentável na cidade.
Para o vereador Rafael Amorim (PDT), o projeto de lei é um caminho de solução para economia. "Fica aqui o pedido para que se, caso o projeto conter algum artigo de vício de iniciativa, que se procure apenas vetar este artigo. Mas o fato é que o projeto de lei é legitimo. O fato é que a iniciativa do vereador Edson Chiquini é também um clamor da sociedade. Afinal, são R$ 3 milhões, como bem citado, são gastos pelo município com energia elétrica, é um dinheiro público jogado no ralo. E nós sabemos que o serviço prestado pela empresa Enel é péssimo e não atende à população. Também votarei favorável ao projeto", acrescentou.
A vereadora Iza Vicente (Rede) ressaltou a importância dos vereadores debaterem, em plenário, a energia sustentável. "Por muito tempo, a cidade só pensou no petróleo e no hoje, mas é um recurso escasso. Precisamos pensar em novas formas de energia e esse projeto veio de encontro".
O líder do governo, vereador Guto Garcia (PDT) afirmou que o prefeito Welberth Rezende mostrou interesse em fazer um local, na cidade, para que as placas de energia solar sejam implantadas. O parlamentar ressaltou que o projeto de lei, de autoria do vereador Edson Chiquini, pode gerar custos e a Câmara Municipal não poderá implementar. "Antes deste projeto ser enviado ao prefeito, que ele passe pela Procuradoria do Município. E quem veta, cem porcento os projetos de lei dos vereadores, é a procuradoria, quando há algum problema legal, principalmente quanto a investimentos. Geralmente, o prefeito quer implantar esses projetos de lei, mas a procuradoria do município veta. E encaminha ao Legislativo, o projeto de lei vetado. Não é que o prefeito não queira, mas é que a procuradoria encontrou algum problema legal", explicou o vereador.
Foto: Tiago Ferreira
