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Civil e MP realizam operação contra envolvidos em fraudes na compra de respiradores para covid

Por RJNEWS em 11/11/2023 às 05:55:43
Cinco pessoas foram presas na ação, outras duas ainda são procuradas

Cinco pessoas foram presas na ação, outras duas ainda são procuradas

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio (MPRJ) realizaram, na manhã desta sexta-feira (10), a terceira fase da operação Éolo, contra integrantes envolvidos em um esquema de fraude. Segundo as investigações, os alvos compraram dez respiradores mecânicos superfaturados para o combate à covid-19.

Nesta ação, foram cumpridos sete mandados de prisão e dez de busca e apreensão. Ao todo, os agentes prenderam cinco suspeitos, incluindo o empresário Thiago Cardoso de Castro, detido no Recreio, Zona Oeste do Rio, e o ex-assessor do gabinete da presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rui Tomé de Souza Aguiar.

A operação também teve como alvo o ex-prefeito de Carmo, Paulo César Ladeira (PT), apontado como um dos líderes da organização, um ex-secretário de Meio Ambiente, uma ex-secretária de Saúde, além de outros servidores da prefeitura do município da Região Serrana.

O delegado Herbert Tavares, titular da 112ª DP (Carmo), explicou comentou sobre a investigação e deu detalhes de como o esquema foi montado. "Em 2020, no auge da pandemia, a Alerj autorizou uma verba a cada município de um milhão de reais para o combate da pandemia. Um assessor, sabendo que essa verba chegaria, fez contato com os prefeitos, combinando uma simulação de licitação para favorecer determinada empresa para aquisição de respiradores superfaturados", disse.

Em 2020, cada um dos dez respiradores foram comprados por R$ 99 mil com recursos destinados pela Alerj ao município de Carmo, na Região Serrana. O delegado ressaltou que um aparelho novo custa por volta de R4 40 mil, sendo que alguns dos respiradores adquiridos pela prefeitura estavam quebrados ou usados.

Segundo o MPRJ, o esquema beneficiou diretamente as empresas Sheridan Rio Comércio e Serviços Eirelli, XSM Distribuidora e Nova Pisom, usadas para simular a concorrência e fraudar a dispensa de licitação. Procuradas pela reportagem, as companhias não foram encontradas.

De acordo com a promotora do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Gláucia Rodrigues, Thiago Cardoso de Castro era dono de empresas favorecidas. "Ele é o proprietário das empresas envolvidas na contratação, mas não tinha o nome figurado nos contratos sociais. Estavam em nomes de laranjas. Ele e outro comparsa, que está foragido, foram até o município de Carmo para negociar".

Ela ainda explicou mais detalhes sobre como os acordo ocorriam. "Apresentam os nomes das empresas que participarão, os orçamentos simulando a concorrência de modo a beneficiar alguma das suas instituições", afirmou.

Fonte: O Dia

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