Centro de Saúde Benedito Nunes passa a contar com atendimento de neuropediatra

Por RJNEWS em 15/04/2023 às 06:01:40
Este mês é dedicado à campanha Abril Azul, que visa conscientizar a população sobre a inclusão de pessoas com TEA

Este mês é dedicado à campanha Abril Azul, que visa conscientizar a população sobre a inclusão de pessoas com TEA

O município de Carapebus obteve, recentemente, mais uma importante conquista para a área de Saúde. A Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, está oferecendo atendimento de neuropediatra para crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A médica neuropediatra, Sheila Soares, atende no Centro Municipal de Saúde Benedito Nunes (antigo Curumim) às quintas-feiras.

Este mês é dedicado à campanha Abril Azul, que visa conscientizar a população sobre a inclusão de pessoas com TEA. Na manhã desta quinta-feira (13) foi realizada uma confraternização na unidade de saúde e que reuniu crianças diagnosticadas com autismo, além de seus pais. Foi uma manhã bastante animada, com distribuição de pipoca e algodão doce para os pequenos.

Segundo o coordenador do Benedito Nunes, Antonio Fragoso Souza Junior, o atendimento da médica neuropediatra, sem dúvidas, ajuda também os pais, e principalmente as crianças, para um melhor tratamento do transtorno autista. "É uma excelente novidade para a população de Carapebus, crianças e pais. Aqui na unidade, juntamente com a médica neuropediatra, todos encontram a melhor forma de cuidar e acompanhar o tratamento adequado", explicou Junior, afirmando também que toda equipe e o prefeito Bernard Tavares está trabalhando para poder ampliar o atendimento, e principalmente, o cuidado com as crianças que possuem o TEA.

Atendendo na unidade às quintas-feiras, a médica neuropediatra, Sheila Soares, cuida de crianças de zero a 12 anos de idade e que nasceram com alguma deficiência neurológica. Segundo ela, o paciente infantil só é encaminhado à unidade, depois de ter sido avaliado, em primeiro momento, por um médico pediatra nas Estratégias Saúde da Família (ESFs).

"Mas essa primeira avaliação pode ser feita também até mesmo na escola, por um psicopedagogo ou assistente social. Caso percebam algum sinal do transtorno, ou seja, os sintomas, a criança é encaminhada ao pediatra, que também se identificar algo, encaminha para mim. Posteriormente, damos início ao tratamento", explicou Sheila.

A neuropediatra explicou que o TEA possui três níveis. Em algum dos casos, o paciente deve ser acompanhado com medicamentos. Os níveis 1, 2 e 3 do transtorno são caracterizados pelo grau de dependência. A médica ressaltou que não existe exame para o diagnóstico do transtorno.

"O diagnóstico ao autismo é comportamental e que deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, integrada por um especialista em neuro, psicopedagogo e psicólogo. E é muito importante que os pais também participem do tratamento, com a realização de terapias", disse Sheila.

A médica neuropediatra enfatizou que os pais devem ficar atentos aos primeiros sinais que podem indicar se o filho ou filha podem ser portadores do transtorno autista. Por exemplo, se a criança não olha nos olhos, quando não gostam de brinquedos, quando não gostam de se socializar e se possuem alguma dificuldade na fala.

"Essa questão da fala é uma das mais importantes. Porque existem crianças autistas verbais e não verbais. São vários os níveis e cada um possui sua especificidade. Por isso, a importância de se ter as primeiras avaliações e depois fazer o tratamento com o especialista, no caso, o neuropediatra".

Caroline dos Santos Rodrigues Melquíades é mãe da pequena Alice, hoje com cinco anos de idade. Ela é paciente da médica neuropediatra e é acompanhada de 30 em 30 dias, pois faz uso de medicamento.

A mãe afirmou que começou a prestar atenção nos sinais do transtorno, quando a filha estava na creche, quando tinha um ano e meio. "Ela já foi encaminhada para neuropsicóloga e foi diagnostica com Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) e agora está sendo acompanhada pela dra. Sheila que investiga também o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Sou muito grata à neuropediatra, porque minha filha já apresenta boa evolução no tratamento e está com bom desempenho na escola. O comportamento dela melhorou bastante, do ano passado para cá".

Fonte: ASCOM

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