Vereadores aprovam projeto que inclui transporte escolar da rede privada no auxĂ­lio emergencial

Projeto de lei foi aprovado por 14 votos durante sessão ocorrida nesta terça-feira, dia 18

Por RJNEWS em 19/05/2021 às 07:04:00
O projeto foi aprovado por 14 votos na sessão dessas terça-feira, dia 18, na Câmara Municipal de Macaé

O projeto foi aprovado por 14 votos na sessão dessas terça-feira, dia 18, na Câmara Municipal de Macaé

Daniela Bairros

A Câmara Municipal de Macaé aprovou, por 14 votos, durante sessão ordinĂĄria essa terça-feira, dia 18, o projeto de lei que inclui motoristas do transporte escolar da rede privada, no auxĂ­lio emergencial municipal.

Na semana passada, o presidente da Câmara de Macaé, vereador Cesinha (PROS) explicou que conseguiu, juntamente com o então lĂ­der do governo no legislativo, vereador Guto Garcia (PDT), a extensão do prazo para que o novo grupo de beneficiĂĄrios pudesse se cadastrar junto aos órgãos da administração municipal. O prazo, segundo o vereador Cesinha, terminou na Ășltima sexta-feira, dia 14. "No primeiro projeto, tivemos um equĂ­voco e não havĂ­amos conseguido, contemplar o transporte escolar da rede privada e, por meio de reuniões, com a participação do vice-presidente da Câmara Municipal, vereador Edson Chiquini (PSD), e em discussão com o Poder Executivo e também pelo esforço do então lĂ­der do governo, vereador Guto Garcia (PDT), a prefeitura elaborou o projeto para adequação", explicou.

Além dos motoristas do transporte da rede privada, merendeiras, auxiliares de serviços gerais e motoristas do transporte escolar da rede pĂșblica, servidores contratados da educação municipal, deverão ser incluĂ­dos no benefĂ­cio.

Tratamento pós-covid em Macaé

Também durante a sessão dessa terça-feira, o vereador e 2Âș secretĂĄrio da Câmara Municipal de Macaé, vereador Tico Jardim (PROS), autor do projeto de lei 037/2021, que dispõe sobre a criação de programas de reabilitação a pacientes do Sistema Único de SaĂșde (SUS), acometidos pela Covid-19, pediu a aprovação dos vereadores. "Depois de vĂĄrios debates e discussões aqui no plenĂĄrio, chegamos à conclusão de que é necessĂĄrio, os pacientes que foram infectados pelo coronavĂ­rus, terem um tratamento de reabilitação, pós-covid. E o Poder PĂșblico tem que fazer isso. Vai ter que oferecer uma linha de tratamento, para que a gente possa cuidar desses pacientes, tratamento com fisioterapeutas, porque essas pessoas que foram infectadas ou contaminadas, precisam ser recuperadas", esclareceu o vereador e autor do projeto de lei. O projeto de lei foi lido na sessão dessa terça-feira e deverĂĄ ser pautado, nas próximas sessões, para segunda discussão e votação.

Portal da transparĂȘncia das obras pĂșblicas em andamento no municĂ­pio

No plenĂĄrio, após a leitura do projeto de lei 010/2021, de autoria dos vereadores Thales Coutinho (Pode) e Iza Vicente (Rede) que dispõe sobre a divulgação de informações do andamento das obras pĂșblicas no municĂ­pio de Macaé no portal da transparĂȘncia no site da prefeitura, o vereador Thales ressaltou que o projeto é muito importante, porque é o principio da transparĂȘncia. " E é o que nós temos falado aqui no plenĂĄrio. Constar o mapa da cidade e as obras em andamento no municĂ­pio. E a população, ao acessar o portal da transparĂȘncia no site da prefeitura, poderĂĄ acompanhar o andamento da obra. Porque muitos não sabem o que estĂĄ sendo feito no municĂ­pio, se foi aditivado algum contrato. É preciso ter, no portal da transparĂȘncia, um cronograma com fotografias de um determinado espaço, local, que esteja em obra. Até mesmo para a população controlar e acompanhar. Eu mesmo, hoje em dia, tenho curiosidade em saber, por exemplo, como estão as obras do GinĂĄsio Poliesportivo. Se estĂĄ funcionando, ou não. Em que fase estĂĄ a obra. Se hĂĄ previsão para conclusão ou se foi postergada. O objetivo do projeto é que a prefeitura disponibilize, no site, as informações das obras que estão sendo executadas no municĂ­pio, com informações mais atualizadas, fidedignas. É uma ferramenta de controle. Estamos aqui sim para fiscalizar, mas população, acredito, é a mais interessada em saber", ressaltou o vereador.

O vereador Edson Chiquini (PSD), solicitou que sejam incluĂ­das, também no portal da transparĂȘncia da prefeitura, informações de obras que estão paralisadas na cidade. "Isso seria necessĂĄrio também chegar ao conhecimento da população. Para que as pessoas saibam os motivos das paralisações das obras. Por exemplo, na Vila Badejo, hĂĄ um posto de saĂșde fechado e que poderia estar atendendo a população no combate à Covid-19. Não sabemos o motivo do estabelecimento estar fechado. Eu jĂĄ fiz um requerimento à prefeitura, solicitando essas informações. Onde estĂĄ o dinheiro desta obraÂż PrecisĂĄvamos saber porque obras estão paradas, não foram concretizadas na cidade. Porque é dinheiro pĂșblico, da população, que deixa de ser investido nestas obras. E depois, ao retomar a execução da obra paralisada, o gasto é muito maior, é o dobro. Porque, precisa demolir e começar tudo de novo. E fora o desperdĂ­cio com o dinheiro do povo", enfatizou.

Quanto às obras paralisadas em Macaé, desde a gestão passada, segundo o vereador Amaro Luiz (PRTB), hĂĄ uma no Parque da Cidade, orçada, segundo ele, em R$ 8 milhões. "A obra foi iniciada, mas depois parou. O local estĂĄ em ruĂ­nas. E todos nós sabemos que o Parque da Cidade é um excelente espaço e poderia, estar hoje em dia, atendendo crianças. E não sabemos para onde foram esses valores. E não temos nenhuma informação sobre isso", colocou.

Também autora do projeto, a vereadora Iza Vicente (Rede), em sua fala, afirmou que foi justamente do incômodo dos "elefantes brancos" vistos na cidade. Segundo ela, são obras que são iniciadas, mas não concluĂ­das. "Isso gera uma revolta em mim, como no cidadão, que pergunta sempre: e aquela obra no meu bairroÂż O intuito deste portal, é acompanhar o andamento de todas as obras pĂșblicas na cidade. Não só da atual ou da Ășltima gestão. As informações, como valores de contratos, constam no portal da transparĂȘncia, mas muitas vezes, o cidadão não consegue discernir, entender essas informações. Além da publicidade a obra, tem que fornecer também a transparĂȘncia das informações, que fiquem acessĂ­veis para as pessoas entenderem. E o cidadão fica preocupado com uma determinada obra. E precisamos saber como estão sendo executada, o valor investido, previsão de conclusão. Se parou, qual o motivo. São exemplos que, muitas vezes, vĂȘm de um erro de gestão, desvio de dinheiro pĂșblico e a transparĂȘncia é importante, para combatermos isso, mas não só com palavras, mas com ações também", declarou a vereadora.

MĂĄfia do Aditivo

O vereador George Jardim (PSDB) classificou o atraso de muitas obras pĂșblicas no municĂ­pio, como a MĂĄfia do Aditivo. "Existe o atraso para execução de uma obra, mas que não é justificado. Essas aditivações nas obras são publicadas em jornais. E os aditivos continuam. Se é lei ou não é, eu não sei, mas para mim, é uma coisa muito errada. Porque uma obra licitada, tem um prazo de execução inicial e final. E isso nós não vemos. Como foi colocado aqui pelo vereador Edson Chiquini, as obras executadas no viaduto que liga ao bairro da Imbetiba. Quantas vezes, o orçamento desta obra jĂĄ estourou. Ai aditiva para dar continuidade", apontou o vereador. Ainda segundo ele, hĂĄ um projeto na Câmara dos Deputados em andamento, para acabar com o aditivo. "Por que aditivarÂż Se a obra tem um prazo de começo e fim. E isso tem que constar no contrato. Eu acho que o "enrolo" jĂĄ é para caminhar para o aditivo. O contrato para execução de uma obra é feito, mas vai sendo postergado. O dinheiro acaba e precisa ter o direito de aditivar e isso vai acontecendo. E como foi bem lembrado também pelo vereador Edson Chiquini, é preciso saber das obras que foram iniciadas e que não podem virar o "elefante branco" . Porque é dinheiro pĂșblico. Antes de se começar uma obra, é preciso saber das obras que estão sendo executadas, como a do GinĂĄsio Poliesportivo. É preciso se debruçar em cima destas obras, que precisam ter continuidade. Vou votar a favor do projeto, em favor do dinheiro pĂșblico", conclui, usando a frase: aditivo é perpetuar no poder, aquele que tem proteção do poder.

Encerrando as colocações sobre o projeto de lei, o vereador e presidente da casa, Cesinha (PROS) enfatizou que é preciso ter, neste atual cenĂĄrio econômico da cidade, controle e planejamento, e retomar, até mesmo, as obras pĂșblicas do municĂ­pio. "É praticamente começar tudo do zero, economizar dinheiro pĂșblico. Este projeto veio ao encontro. É preciso informatizar o sistema do Poder PĂșblico e Macaé é ultrapassada nisso. E informar os gastos com o dinheiro pĂșblico, é preciso também. Informatizar o sistema, é economizar dinheiro. E só assim vamos gastar onde tem que gastar. Não temos dinheiro para gerar mais gastos. Sabemos que o municĂ­pio é forte em superavit, mas é preciso ter controle e planejamento", concluiu.

O projeto voltou à secretaria da Câmara Municipal para segunda votação.


Fonte: RJNEWSnoticias

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