Médico pneumologista pede que população continue se cuidando

Confirmada circulação da nova variante

Por Redação em 12/05/2021 às 08:06:11
Gleison Guimarães, ainda não é hora de se aglomerar

Gleison Guimarães, ainda não é hora de se aglomerar

Após a confirmação da circulação da nova variante, identificada como P.1.2, na região Norte Fluminense e em outros municípios do estado do Rio de Janeiro, o médico pneumologista de Macaé, Gleison Guimarães, em suas redes sociais, pediu à população que continue se cuidando. Em um vídeo, o médico ressaltou que o estudo que investiga as modificações sofridas pelo Sars Cov-2, confirmou a circulação da nova variante na região Norte Fluminense. De acordo com o médico, a cepa recebeu o nome de P.1.2, por se tratar de uma mutação ocorrida na linhagem P1. "A P1 permanece em maior frequência também na nossa região, em quase 92% dos casos. A P.1.2 foi identificada em quase 6% das quase 380 amostras submetidas ao sequenciamento realizado pela Secretaria de Estado de Saúde. Também foram identificadas, em menores proporções, as linhagens P.1.1.7, que é a britânica, em 2.1% dos casos, em todas as regiões, exceto na Baixada Litorânea, e a P2, com 5% dos casos", alertou o médico.

Ainda segundo o médico pneumologista, a P1 também se mantém presente em quase todas as regiões, e a P.1.2, também foi encontrada na Região Metropolitana, Centro e Baixada Litorânea. De acordo com Gleison Guimarães, este estudo integra uma das maiores iniciativas da área de sequenciamento do vírus da Covid-19. "Somente neste período, foram 376 amostras, de 57 municípios, direcionadas a partir de genomas, enviadas ao Laboratório Central Noel Nutels (LACEN), entre os dias 24 de março e 16 de abril. Como eu já havia falado, o sequenciamento é muito importante para verificarmos a presença das novas variantes, que podem constituir linhagens e, dependendo das suas características, novas cepas. Por isso, ainda não é hora de aglomerar, sem máscara e sem proteção, de jeito nenhum. Ainda não está na hora. Nós temos quase 15% das pessoas vacinadas com uma dose e 7.1% da população brasileira vacinada completamente. É muito pouco. Se cuidem.

Cuidem do outro", concluiu.
Na bandeira laranja, Macaé contabiliza 26.439 casos confirmados e 539 óbitos
Mesmo o município ter retrocedido à bandeira laranja da Covid-19, que significa alto risco no grau de contaminação do coronavírus, os casos chegam a 26.439, com 539 óbitos, segundo dados divulgados pelo Covidímetro nessa segunda-feira, dia 10. Segundo a média semana, a taxa de incidência de casos, por 100 mil habitantes, em Macaé, é de 146,0. Os leitos de ocupação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está em 56%.
Segundo o professor e doutor em física e integrante do GT (Grupo de Trabalho) de Enfrentamento à Covid-19 da UFRJ Macaé, Antonio C.C Guimarães, o pico de mortalidade da "onda" que atualmente nos encontramos, ocorreu em abril e agora entramos numa fase de descida, mas ainda em um patamar altíssimo, segundo o professor, comparado a todo histórico da pandemia, iniciada em março do ano passado. "O ritmo da queda depende muito do distanciamento social e da vacinação. Se vacinar devagar, como está ocorrendo agora, e o distanciamento social cair, a queda também será lenta ou até deixar de ocorrer", explicou o professor e integrante do GT Covid-19 da UFRJ Macaé. Ainda de acordo com ele, os valores para o mês de maio são ainda muito preliminares, baseados somente em sete dias. "Acabamos de ter o Dia das Mães, com muitas reuniões familiares, redução do distanciamento social. Isso vai se refletir nas próximas semanas", concluiu.

Registro de óbitos no Estado do Rio de Janeiro e em Macaé, segundo o CRC Nacional
Desde o início da pandemia, em março de 2020, a Central de Informações do Registro Civil (CRC Nacional) criou o portal da transparência, em que são divulgados os registros dos óbitos em cidades com mais de 50 casos suspeitos ou confirmados da Covid-19.

O portal da transparência aponta que no Estado do Rio de Janeiro, desde março do ano passado, até essa terça-feira, dia 11 de maio, são 21.659 óbitos, registrando média dos últimos sete dias, de 47 mortes diárias até o último domingo, dia 09 de maio. Ainda segundo o especialista e integrante do GT Covid-19 UFRJ Macaé, Antonio C.C. Guimarães, as mortes estão sendo causadas pela nova cepa do vírus. "A faixa etária não vacinada, de 0 a 59 anos, teve um forte crescimento em sua participação no total de óbitos. A faixa de 60 a 69 anos apresenta um comportamento de manutenção de participação e as faixas superiores de queda de participação, sendo a faixa 70 a 79 com a maior queda. Esse resultado pode mostrar o início do efeito da vacinação nas faixas etárias mais elevadas e também um possível comportamento diferente de novas cepas com relação a seus coeficientes de fatalidade por idade", explicou.

De acordo com o registro de óbitos do Cartório de Registro Civil, Macaé contabiliza, desde o início da pandemia em 2020, até essa terça-feira, dia 11 de maio, 624 mortes devido à Covid-19.

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