O professor Michel Cordeiro, do Colégio Municipal Zelita Rocha de Azevedo (Parque Aeroporto), foi um dos vencedores do projeto Fomento Carioca às Artes (Foca) e receberá da Prefeitura do Rio um total de 200 mil reais para o desenvolvimento de dois projetos de dança, o "Que se Funk" e o "Quora". Fruto de um edital publicado pelo município do Rio de Janeiro durante o ano passado, o projeto Foca contemplou 304 propostas concorrentes em duas linhas de projetos culturais, totalizando 20 milhões de reais em prêmios.
Servidor da Prefeitura de Macaé há 9 anos, Michel Cordeiro é coreógrafo e trabalha junto ao setor pedagógico do Colégio Municipal Zelita Rocha. Aliado ao corpo docente, ele desenvolve os temas das festas comemorativas, fazendo a ligação poética entre as matérias desenvolvidas em sala de aula com as danças. "Dessa forma, o conteúdo educacional pode ser também aprendido de forma lúdica pelos alunos", disse o professor.
De acordo com Michel Cordeiro, um dos espetáculos premiados agora no Rio, o "Que se Funk", foi baseado em seu contato direto com mais de 2 mil alunos com os quais trabalhou em Macaé entre os anos de 2012 e 2013. "Na época em que entrei na Prefeitura de Macaé, em 2012, eu estava desenvolvendo o TCC para meu bacharelado em Dança na UFRJ. Era o início das minhas pesquisas para a criação desse espetáculo, que em 2015 também ganhou um dos prêmios mais prestigiados do país, o Klauss Vianna", afirmou Michel.
O público-alvo de seus projetos são jovens de 13 a 29 anos, mas o professor ressalta que pessoas de qualquer idade poderão participar. "A previsão é que possamos desenvolver os espetáculos em oito teatros, incluindo o Centro Coreográfico do Rio de Janeiro, e em cinco favelas: Cesarão, Antares, Vila Aliança, Vila Kennedy e Batan", disse.
Foca - O Programa de Fomento Carioca às Artes consiste no apoio financeiro a projetos culturais que devem ser desenvolvidos na capital do Estado. O edital contempla duas linhas de ação. A Linha 1 premia 184 propostas em 12 categorias: teatro, circo, artes visuais, arte antirracista, produções LGBTI+, aRtes urbana e pública, cultura popular, música, literatura, infância, dança e pesquisa & inovação. Os selecionados podem ser apoiados com, no mínimo, 25 mil e, no máximo, 200 mil reais.
Por outro lado, a Linha dois do edital fomenta as relações entre cultura e território, potencializando a cena artística em regiões populares da cidade do Rio de Janeiro. Nesta categoria, foram distribuídos 4 milhões de reais a 120 projetos a dois grupos. O primeiro inclui favelas da Zona Sul e do Centro (APs 1 e 2), e o segundo contempla localidades da Zona Norte e Oeste (APs 3, 4 e 5). Na Linha dois, a premiação variou entre 25 mil e 50 mil reais para cada proposta.
Criado no começo de 2012, a primeira edição do Foca recebeu 5.478 inscrições. O programa pode receber inscrições de pessoas físicas, microempreendedores individuais (MEIs) e pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos. Sua Comissão de Seleção é formada por 60 especialistas de todas as categorias incluídas na premiação e os contemplados têm até um ano como prazo máximo para a execução do projeto.
