Parceria social e de saúde amplia atendimento a pessoas em situação de rua

Nesta semana, vários encaminhamentos foram realizados

Por RJNEWS em 25/09/2021 às 07:23:59
O atendimento humanizado no Centro Pop persiste para que o cidadão com ou sem referência familiar tenha seus direitos preservados

O atendimento humanizado no Centro Pop persiste para que o cidadão com ou sem referência familiar tenha seus direitos preservados

Seguindo a meta de promover dignidade às pessoas em vulnerabilidade social, principalmente, aquelas que se encontram em situação de rua, o Centro Pop (Centro de Referência e de Serviços Especializados), um equipamento ligado à coordenação de Proteção Especial de Média Complexidade da secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade (SMDSDHA) tem buscado parcerias que ampliam o atendimento às dezenas de usuários. Nesta semana, vários encaminhamentos foram realizados objetivando a promoção da saúde, emprego e assistência social.

De acordo com o psicólogo Vítor Teófilo, coordenador do Centro Pop, a triagem social diária (assistência social) é quem detecta a carência de tratamento de saúde, documentação ou de outra necessidade do indivíduo referenciado, que diariamente está aqui tomando o café da manhã, almoçando ou fazendo o lanche. Ele explica que o trabalho é feito em Rede.

Procedimentos de saúde – Quando é detectado alguma carência de saúde, a pessoa é encaminhada ao Consultório de Rua, da secretaria de Saúde, que, por sua vez, providencia o atendimento clínico geral, aplica as medicações, faz o tratamento e exames complementares. "Quando há urgências como é o caso de um usuário que se sentiu mal, no começo da semana, com dores no peito, nós chamamos a ambulância do serviço 192 e ele agora passa bem", disse Teófilo.

Documentação e emprego – O agendamento para a regularização de documentos pessoais como RG é feito em parceria com a Secretaria de Trabalho e Renda, que facilita sua emissão, além de fazer os encaminhamentos necessários a quem está habilitado. "Na quarta-feira (15), chegou aqui um senhor (GJ), de 52 anos de idade, que veio de Belém/PA, em busca de emprego, mas, que tinha sido roubado. Como ele estava sem documentos nós o direcionamos para a emissão da RG e entrevista de emprego, já que ele possui a função de mecânico marítimo. Então, ele logrou com êxito o trabalho e retornou aqui para agradecer", ressaltou Vitor.

O atendimento humanizado no Centro Pop persiste para que o cidadão com ou sem referência familiar tenha seus direitos preservados e que sejam respeitados sua condição social e as diferenças. O exemplo disso, foi o caso de um jovem usuário de drogas e álcool que saiu de casa no último dia 8, vindo caminhando de Vitória/ES até Macaé/RJ e foi acolhido nesta segunda-feira (20), no Centro Pop.

- Ele chegou aqui sóbrio, porém relatou que quando saiu de casa estava alucinado pelo efeito da droga e com receio de que a família descobrisse resolveu sair andando. E, quando chegou em Macaé foi que se deu conta de que não devia ter feito isso, pois tem um filho de três anos, referência familiar, uma casa e um trabalho. No mesmo dia, fizemos contato com a esposa e conseguimos a passagem numa parceria com a coordenação da Rodoviária local e ele voltou para o Espírito Santo. Para nossa alegria, ele já ligou informando que estava bem e em casa – contou o coordenador.

O secretário de Desenvolvimento Social, Fabrício Afonso, tem acompanhado de perto os trabalhos do Centro Pop e apoia iniciativas com atividades direcionadas para o desenvolvimento de sociabilidade. Quanto à aplicação do tratamento humanizado ele citou o projeto de lei 5740/16, aprovado pela Câmara dos Deputados, em junho deste ano, que institui políticas nacionais para as populações em situação de rua, onde "nenhum atendimento de saúde ou assistência social poderá ser negado por falta de comprovante de residência". O coordenador de Proteção Especial de Média Complexidade, Jorge Luis Ramos, completou dizendo que o tratamento humanizado que é feito no Centro Pop é cotidiano, já que o serviço "destina-se a adultos em situação de rua ou vulnerabilidade social, cujos vínculos familiares e comunitários estejam fragilizados ou rompidos".

Fonte: Comunicação Desenvolvimento Social

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