Junho chegou, e com eles os festejos!
Tudo começa com Santo Antônio, sua fama de casamenteiro já o colocou em diversas situações de perigo, afinal de contas ficar de cabeça para baixo para arranjar noivo costuma dar é dor de cabeça!
São João logo chega...
Basta perceber o fogo da fogueira na noite de São João!
Antigamente, as pessoas gostavam de pular a fogueira, uns tinham cuidado... Outros acabavam chamuscados nas canelas, mas o amor tratava logo de curar!
Canelas curadas...
O jeito era seguir para o baile lá na roça que ia até o Sol raiar, entrar na casa era difícil porque estava cheia, "ninguém podia entrar". Mas era tão gotoso aquele rebuliço, mesmo o sanfoneiro tocando isso:
- "Pam, panranran, panranpanmpam"!
Nas mesas além das guloseimas, uma decoração tinha seu destaque a Capelinha de Melão, feita com rosa, cravo e manjericão, ela era de São João, todos sabiam.
No tempo em que o balão era solto, ele subia e a garoa ia caindo...
O céu era lindo, e a noite tão boa!
E os pedidos chegavam para que São João acendesse a fogueira dos corações! Os enamorados olhavam para o céu, que estava lindo.
Multicor com os balões que no céu iam sumindo!
Isso era inspirador, e numa oração um pedido era feito a São João:
- Quero casar!
Só que São João sempre direto, logo dizia:
- Isto é lá com Santo Antônio!
E então lembramos o início da história...
Corrida para Santo Antônio!
Que já se preparava...
Ou ficaria de cabeça para baixo ou cercado de pedidos para encontrar o amor...
Como se ele pudesse fazer isso, coitado!
Engraçado eram os pedidos que chegavam a São Pedro e a São Paulo!
Do paraíso o velho num sorriso dizia:
- Minha gente, eu sou chaveiro, nunca foi casamenteiro!
E São Paulo completava:
- Se for para converter alguém, é comigo...
E claro que os dois amigos se divertiam juntamente com São João e Santo Antônio nesta época junina!
Assim...
Os que não esperavam pelo milagre do santo casamenteiro, resolviam com as próprias mãos!
Isso foi o que aconteceu com Pedro, filho de Dona Severina.
Pegou a filha de João, uma devota, e levou correndo para o Padre Antônio casar, mas a confusão foi tão grande, que Pedro, fugiu com a noiva.
E seu amigo Paulo emprestou o transporte para que eles vivessem felizes para sempre!
Fonte: Texto criado por Gi Germano