Petrópolis e Norte Fluminense: DPRJ verifica acolhimento após chuvas

o todo, 3.487 pessoas buscaram abrigo em Campos dos Goytacazes, Bom Jesus do Itabapoana e Petrópolis

Por RJNEWS em 28/03/2024 às 18:49:51

Após as fortes chuvas da última sexta-feira (22/3), Petrópolis registrou mais de 500 moradores desalojados distribuídos em diferentes pontos do município. A informação foi constatada pessoalmente pelo 8º Núcleo Regional de Tutela Coletiva, que visitou os pontos de apoio e o abrigo instalado pela Prefeitura para avaliar as condições das instalações.

— A Defensoria Pública tem prestado um papel importante no monitoramento das chuvas em Petrópolis. Fizemos uma reunião com a Defesa Civil no dia 21 para saber os mecanismos de prevenção e combate às chuvas e fomos convidados a fazer parte do gabinete de crise, além de atuar na fiscalização dos centros de apoio e do abrigo voltado às pessoas desalojadas e desabrigadas. — explica a defensora pública Luíza Maciel, do 8º Núcleo Regional de Tutela Coletiva da Defensoria Pública.


O abrigo mais procurado em Petrópolis

A Escola Municipal Alto Independência, localizada no bairro de mesmo nome, foi o centro de apoio com o maior número de pessoas abrigadas: mais de 200 pessoas. A região é considerada como a mais afetada pelas chuvas em Petrópolis, sendo justamente onde ocorreu o resgate da menina Ayla, cuja família veio à óbito, exceto pelo avô paterno.

Frequentemente, os moradores ouvidos pela Defensoria durante as visitas relataram que vivem em áreas de risco de desabamento e buscaram abrigo por razões de segurança. Por isso, a direção da escola esclareceu não ter informações precisas a respeito de quem estava efetivamente desabrigado ou meramente desalojado.


Como funcionaram as visitas da Defensoria

Para observar se a quantidade de alimentos, itens de higiene pessoal, colchões e roupas de cama é adequada, a DPRJ entrevistou abrigados e circulou pelos quartos. A disponibilidade de água potável para consumo, oferta de banhos com água quente, a frequência das refeições servidas e o tamanho das porções dos alimentos também foram critérios avaliados pela Defensoria Pública.

— Visitamos abrigos oficiais e comunitários no distrito de Santo Eduardo [Campos dos Goytacazes] para conhecer as condições dos afetados e mapear as demandas existentes e vamos realizar uma ação social na localidade para garantir o acesso da população à documentação e direitos. Além disso, durante o auge da procura pelos abrigos, articulamos com o Estado e o Município maior incremento da ajuda humanitária prestada, com envio de colchões e kits de higienização — relata a defensora Aline Barroco, do 1º Núcleo Regional de Tutela Coletiva.

Ao serem questionados pela Defensoria, os profissionais de saúde trouxeram detalhes sobre o estado das pessoas abrigadas. Uma pessoa deu à luz dentro de um dos centros de apoio de Petrópolis, segundo relato de um enfermeiro. Até o fechamento do relatório da DPRJ, outras duas gestantes e uma puérpera estavam desalojadas em Petrópolis. Uma criança com pneumonia foi transferida de um abrigo para o outro, apresentando melhora no quadro de saúde com o passar dos dias. Outras questões de saúde, como pressão alta e depressão, foram apontadas pelas equipes. Além disso, quatro idosos e um adolescente com deficiência intelectual integram o grupo de pessoas abrigadas.


Próximos passos

A Defensoria vai participar de uma ação social que acontecerá na próxima segunda-feira (01) na sede da Prefeitura de Petrópolis e espera monitorar, junto ao órgão/município, o cadastramento para fins de aluguel social.

Campos dos Goytacazes e Bom Jesus do Itabapoana também receberão ações sociais locais acessíveis à população mais afetada pelas chuvas. As datas ainda serão definidas pela Defensoria Pública, que confirma que o distrito de Santo Eduardo receberá a ação do município de Campos dos Goytacazes.

— A Defensoria tem acompanhado os planos municipais de contingência para situações de grandes enchentes desde o ano passado, o que contribuiu para uma grande articulação com as defesas civis, garantido à população mais vulnerável o cumprimento das medidas de redução de danos em casos de fortes chuvas. — conclui Raphaela Jahara, coordenadora de Tutela Coletiva da DPRJ.

Fonte: ASCOM Defensoria_RJ

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