Demissexualidade: Luciana Gimenez não adere ao sexo casual

Por RJNEWS em 06/12/2023 às 05:49:12
Para o demissexual, a atração sexual só acontece quando existe o sentimento real

Para o demissexual, a atração sexual só acontece quando existe o sentimento real

A modelo e apresentadora Luciana Gimenez afirmou recentemente que sua relação amor e sexo, ao longo dos anos, tornou-se muito peculiar à medida que ela percebeu que nem tudo fazia muito sentido dentro de uma relação. Ou seja, para ela, o relacionamento sexual só é prazeroso se estiver de mãos dados com o amor, com afeto e com carinho.

Sexo casual ou sexo por sexo sem sentimentos, não agrada mais a morena. O que ela não sabia, e só descobriu após uma entrevista com uma convidada, é que esse tipo de preferência tem nome e é mais comum do que podemos imaginar: é a demissexualidade.

Para o demissexual, a atração sexual só acontece quando existe o sentimento real. Quando o emocional é conectado e o envolvimento afetivo transborda.

Neste caso, existe a verdadeira entrega dos parceiros que deixa de ser apenas uma entrega relacionada ao instinto carnal e entra em cena os sentimentos, a emoção e todos os aspectos afetivos desta relação.

Ou seja, a maior dificuldade do demissexual é exatamente o sexo casual, o "fazer por fazer". Precisa ter sentimento. E Gimenez, assim como tantas outras pessoas, revela que já há algum tempo, percebeu que não faz mais sentido se entregar a uma relação onde o amor não está sendo servido.

A demissexualidade é, portanto, classificada como uma orientação sexual como outra qualquer. E deve ser encarada como tal. E como a psicologia ou a saúde mental entende essa orientação sexual? Na verdade, não há nenhum mistério.

É apenas uma questão de aceitação e entendimento. No entanto, o principal é se autoconhecer e entender seus desejos e sua orientação o quanto antes, para evitar frustrações e confusão emocional a fim de não se perder dentro de suas próprias relações pessoais.

Pois, a grande confusão é que quando não se sabe o que está sentindo ou qual a sua opção, a tendência é misturar os sentimentos e enquanto não se encontra o (a) parceiro (a) ideal, se deixar levar por julgamentos e cobranças da sociedade por um posicionamento frente ao comportamento e investimento sexual.

Geralmente o demissexual, durante a adolescência ou vida adulta, pode ter passado por questionamentos de amigos ou familiares por não ter tido iniciativa própria. E isso pode acarretar complicadores emocionais como: isolamentos, pânico, transtornos, neuroses, depressão, ansiedade, TOC, tristeza, insegurança, timidez, entre outras questões psicológicas que poderiam ter sido evitadas.

O preconceito, o tabu e, principalmente, a falta de informação e conhecimento sobre a temática da sexualidade geram esses rótulos que se emprenham no indivíduo e acabam sendo arrastados como correntes por longos anos, manifestando dor e confusões emocionais desnecessárias que impedem a liberdade de viver um amor puro e até mesmo um sexo liberto e livre.

Portanto, podemos sem medo de errar, afirmar que, pelo olhar da saúde mental, a demissexualidade, enquanto orientação sexual é manifestada por nosso instinto, ou seja, está muito mais relacionada com nossa essência, nossa personalidade, nossos valores e nossas crenças, do que qualquer outra coisa.

Assim, somos guiados ao sexo através do nosso afeto, nosso carisma e da necessidade de vínculos pré-estabelecidos, os quais fazemos conscientes ou inconscientes. Inclusive, o fator mais relevante em uma relação demissexual não é o sexo, e sim o vínculo afetivo.

Dra. Andréa Ladislau

Psicanalista

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Possui especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. É palestrante, membro da Academia Fluminense de Letras e escreve para diversos veículos. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional de pessoas do Brasil inteiro.

Fonte: ASCOM Dra. Andréa Ladislau

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