As crianças, até mesmo os recém-nascidos, sofrem com males, que podem ser tratados pela Osteopatia. Porém, poucos sabem disso e conhecem os benefícios que a técnica oferece.
A Osteopatia visa através de um grande conhecimento de anatomia e fisiologia, restabelecer a função das estruturas e sistemas corporais, agindo de forma manual sobre todos os tecidos do corpo. Existem várias áreas de atuação dentro da Osteopatia, entre elas encontramos a Osteopatia Pediátrica. No Brasil a técnica ainda é recente, e aos poucos a Osteopatia Pediátrica vem se destacando e ganhando fisioterapeutas especializados nessa área, que vem contribuindo para a melhor qualidade de vida desses recém-nascidos e de seus pais. Na Europa, a Osteopatia em bebês é muito difundida, para se ter uma ideia, o Osteopata compõe a equipe multidisciplinar (formada por obstetra, pediatra, enfermeira e profissionais da reabilitação), atendendo ao lado do médico obstetra e do pediatra, tornando-se um hábito comum levarem os bebês a uma consulta osteopática.
Em Macaé, o fisioterapeuta, que trabalha com técnicas Osteopaticas, Dr. Jorge Costa, explica que a Osteopatia Pediátrica pode ser utilizada no tratamento e na prevenção de diversos casos, já nos primeiros momentos após o nascimento, aumentando a qualidade de vida da criança.
"O uso da Osteopatia em bebês auxilia no tratamento de cólicas e constipações, refluxo gastroesofágico, torcicolo congênito, otites, dificuldades de sucção, assimetrias cranianas, alterações no sono etc. O parto e o uso de equipamentos, como o fórceps, por exemplo, podem expor o recém-nascido a assimetrias, já que nesta fase da vida ele é praticamente formado por cartilagem. Isso porque os ossos possuem apenas 30% de cálcio, se comparado a um adulto. Até mesmo no ventre da mãe, podem ocorrer pequenos achatamentos, deslizamentos e deformações cranianas. Essas características, geralmente, voltam ao normal depois do nascimento, com movimentos, a exemplo os de respiração e os de sucção. Mas caso isso não aconteça naturalmente e para que não haja complicações e outros desequilíbrios, a Osteopatia entra em ação", explica o doutor.
Alguns sintomas pós-parto podem indicar que a criança é uma candidata a passar pela avaliação minuciosa de um osteopata: Irritabilidade e choro em excesso; Sono perturbado e/ou insônia; dificuldade de sucção no momento da amamentação; muita cólica; refluxo constante; flatulência além do comum, entre outros indícios.
A avaliação osteopática deve ser completa, examinando a respiração, os reflexos e os movimentos da criança. Assim, o profissional poderá verificar disfunções nos tecidos e na mobilidade.
O tratamento é realizado com muita tranquilidade e suavidade apenas com técnicas manuais, onde o bebê é observado e as alterações encontradas são avaliadas e corrigidas. A osteopatia pediátrica ajuda no bem estar da família e no desenvolvimento do bebê, proporcionando melhor qualidade de vida e conforto para o bebê.
