Daniela Bairros
Desde janeiro deste ano, a nova diretoria do Cine Clube de Macaé, vem lutando pela reabertura do espaço. Depois que a Petrobras, em 2015, encerrou a parceria com o espaço, a Prefeitura de Macaé tem tentado dar apoio à nova diretoria. "A gestão do espaço seria dividida entre a Fundação Macaé de Cultura, Petrobras e a própria Associação do Cine Clube, mas em 2015, com a crise do petróleo, a estatal paralisou a obra, deixando muito pouco para ser finalizado, e manifestou a intenção de encerrar a parceria, com a devolução das chaves à Prefeitura de Macaé, que não aceitou", explicaram o atual presidente e vice-presidente da nova diretora, Luiz Carlos Lelis e Luiz Eduardo de A.P. França, respectivamente. "Este impasse vinha se estendendo, até quem em janeiro deste ano, os sócios se reuniram em assembleia e elegeram uma nova diretoria, que vem trabalhando, arduamente, com objetivo de reabrir este maravilhoso espaço para os cidadãos macaenses", afirmaram o presidente e vice-presidente.
Uma luz no fim do túnel, então, surgiu, Em 2007, foi elaborada uma parceria entre a Petrobras e a Prefeitura de Macaé, afim de recuperar o espaço. Com um investimento de aproximadamente R$ 20 milhões na época, o projeto de revitalização e manutenção pretendia transformar o antigo prédio em um novo espaço cultural, com aproximadamente 1600 metros quadrados.
Fundado em 1964, o Cine Clube Macaé foi construído por iniciativa do empresário Aroldo Costa. Visionário, ele realizou uma movimentação na cidade para que as pessoas se tornassem sócias e empenhasse dinheiro na construção desse grande empreendimento cultural e social da cidade de Macaé.
Segundo o presidente e vice-presidente da nova diretoria do Cine Clube Macaé, atualmente, não existe mais o convênio com a Petrobras, restando apenas o convênio entre o espaço e a Prefeitura de Macaé. "Mas, a prefeitura, por sua vez, manifesta que não tem como assumir o espaço e pretende encerrar o convênio e vem tentando dar apoio à nova diretoria", explicaram.
O Cine Clube Macaé teve sua época de ouro, além da gigantesca sala de projeção. O espaço funcionava como um centro cultural, com a realização de cursos, palestras e apresentações. Com o passar dos anos, ficou difícil manter o local somente com a arrecadação dos sócios e com o desenvolvimento das novas tecnologias audiovisuais, os equipamentos se tornaram obsoletos, além do alto custo de readaptação e manutenção, que levaram o espaço a vivenciar um período de declínio. Em 1998, o Cine Clube de Macaé foi fechado. Naquele ano, exibiu o último filme, "Titanic".
"A nova diretoria do Cine Clube possui propostas de projetos para transformar o espaço em um grande Centro Cultural, com cursos de dança, de teatro, espaço para estúdios de gravação, espaço para exposições, além do grande salão, com aproximadamente 500 lugares para exibição de peças teatrais, festivais de música, convenções para grandes empresas, e projeção de filmes".
Segundo o vice-presidente do Cine Clube Macaé, toda esta infraestrutura já está pronta, apenas faltando alguns detalhes de acabamento, como tela principal do cinema, projetos e mobiliário em geral.
Para que efetivamente as ações possam ser implementadas, a nova diretoria está em busca de empresas para patrocinar o projeto, que de acordo com a presidência do espaço, trará, com certeza, muitos benefícios para os macaenses e ainda participar de um grande resgate da memória e do patrimônio cultural de Macaé.
A partir da próxima quarta-feira, dia 1º de dezembro, a diretoria do Cine Clube Macaé começará a fazer o recadastramento dos sócios no endereço Rua Dr. Júlio Olivier, 383, sala 101, no Centro.
Quanto ao convênio entre a prefeitura e o espaço, a reportagem do RJ News entrou em contato com a assessoria de imprensa do Executivo, mas até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.
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