Gás de cozinha mais caro novamente: reajuste de até 6% assusta consumidores

O GLP (gás de cozinha) havia sido reajustado em 6% no mês de junho. O quilo do combustível passará para R$ 3,60

Por RJNEWS NOTÍCIAS em 06/07/2021 às 09:54:26


Daniela Bairros

Mais um aumento para doer no bolso do consumidor. A Petrobras anunciou reajuste no preço do GLP (gás de cozinha). O quilo do combustível passará para R$ 3,60, um aumento médio de R$ 0,20, ou seja, de 6%. O gás de cozinha já havia sido reajustado, também em 6%, no mês de junho.

Para muitos consumidores, novamente, o aumento no gás assusta. Segundo a dona de casa, Maria Aparecida Ribeiro de Souza, de 42 anos, a situação está insustentável, devido a tanto aumento registrado nos últimos meses. "Está difícil. É gasolina cara, conta de luz alta, e agora o gás de cozinha. Eu pago, em média, no botijão mais barato, R$ 95. Mas aqui em Macaé, há lugares em que o gás está custando R$ 110. E fico controlando a duração do gás em casa. Para comprar um reserva. Muito difícil esses aumentos".

O auxiliar de serviços gerais, Renato de França Barcelos, de 33 anos, tenta economizar no uso do gás de cozinha, e quando usa, fica controlando o consumo, pois segundo ele, tem receio do gás acabar e não conseguir comprar. "Eu passo por isso direto. Meu gás sempre acaba num dia que não tenho dinheiro para comprar outro. Comer na rua, todos os dias, é muito caro. Mas sempre quando dá, eu como na rua. Assim, economizo meu gás de cozinha. Que já está caro. Então, preciso economizar e não o usar à toa". Morador do bairro Aroeira, em Macaé, Renato Barcelos contou à reportagem do RJ News Notícias, que paga, pelo botijão de gás, R$ 100. "Eu sei que o mais em conta, custa R$ 95. Aqui na Aroeira, eu pago R$ 100. A diferença de apenas R$ 5 pode parecer pequena, mas conta muito no bolso".

Algumas pessoas, para economizar no gás de cozinha ou até mesmo por não ter condições financeiras de comprar o gás, usa o fogão à lenha. É o caso de Vicente de Matos de Souza, de 56 anos, morador do distrito de Glicério, na Região Serrana. "Eu dependo do auxílio emergencial financeiro do governo para me manter. Não dá para nada. E se eu gastar com o gás de cozinha, fico sem nada. Então, eu mesmo fiz um fogão à lenha aqui em casa. E cozinho nele. Prefiro fazer isso e garantir o que comer, do que passar necessidade devido ao alto preço no gás de cozinha", declarou.

Mesmo antes de entrar em vigor o novo aumento de 5,9% do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), anunciado no último dia 11 de junho pela Petrobras, o preço médio do gás de cozinha, ou seja, botijão de 13 kg, para o consumidor subiu de R$ 85,27 para R$ 85,63 na semana de 06 a 12 de junho, com o valor máximo de comercialização, voltando para o patamar de R$ 125, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O preço mínimo de venda ao consumidor é observado na Região Sudeste (R$ 64,00), e o mais alto (R$ 125,00) no Centro-Oeste.

No último dia 14, passou a valer o novo preço do GLP nas refinarias da empresa, R$ 0,19 mais caro, elevando o preço por quilo para R$ 3,40, o primeiro aumento da gestão do general Joaquim Silva e Luna na presidência da Petrobras.

De acordo com o reajuste da Petrobras, o novo preço médio para o botijão 13 kg passa a ser de R$ 44,20 nas refinarias.

Ao valor, porém, é adicionada a fatia da distribuição e revenda (35,6%) e impostos estaduais (ICMS), de cerca de 14%, depois de o governo ter zerado os impostos federais (PIS/Cofins) que representavam menos de 1% do preço na refinaria.

Foto: Site O Povo Mais


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