Região Norte Fluminense poderá ser beneficiada com Complexo Portuário de Carapebus

Projeto desenvolvido pela OSCIP ANDRENNERJ foi analisado em audiência pública

Por RJNEWS em 05/06/2021 às 06:16:00
O projeto foi apresentado durante audiência pública, realizada nesta semana, na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes

O projeto foi apresentado durante audiência pública, realizada nesta semana, na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes

Projeto desenvolvido pela OSCIP ANDRENNERJ foi analisado em audiência pública, nessa semana, em Campos dos Goytacazes

Thaiany Pieroni

A expectativa da região é grande acerca do projeto do Complexo Portuário Itaporto Offshore e Alfandegário de Carapebus, desenvolvido pela Agência de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro – ADRENNERJ. O assunto foi debatido, nessa semana, em audiência pública realizada na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes, com o intuito de aprovar um projeto de lei, que conceitua o projeto do complexo como utilidade pública. Segundo os idealizadores, todos os municípios envolvidos terão que passar por esse processo de aprovação, pois é uma forma de garantir a segurança jurídica para os investidores.

Durante sua fala, o presidente da ADRENNER, Alberto Coutinho, explicou um pouco mais sobre a ideia. "O projeto do Complexo Portuário Itaporto Offshore e Alfandegário Carapebus será o segundo porto hub do nosso país. Um porto concentrador e distribuidor de cargas. O Governo Federal já liberou a BR do mar, que é a verdadeira inauguração em nosso país da navegação de cabotagem, de porto a porto. Essa navegação, uma vez inaugurada, vai precisar de um porto hub que atenda a demanda brasileira. Estamos trabalhando forte para construir o complexo. Já temos investidores", afirmou o presidente.

Ao todo, seis municípios irão compor o projeto com retro áreas, sendo: Macaé, Rio das Ostras, Carapebus, Conceição de Macabu, Quissamã e Campos dos Goytacazes. "Em Conceição de Macabu, tal investimento irá tirar a cidade do isolamento econômico e logístico. Iremos construir uma estrada, ligando a Zona da Mata Mineira ao município, e vamos construir lá, a Retro Área Avançada de Ciência e Tecnologia, voltada para o agronegócio. Quissamã também vai receber uma retro área, voltada para o agronegócio e para o consumo interno no Brasil. Já em Rio das Ostras, será voltada para o armazenamento de contêineres. Macaé, por sua vocação natural, terá sua retro área voltada para a questão do petróleo e gás, Campos também voltado para a questão agrícola, e Carapebus, será a sede da infraestrutura portuária", anunciou Anderson Gomes, que é projetista do complexo.

Anderson explicou ainda que as retro áreas nos seis municípios serão interligadas por uma ferrovia, que já existe, e uma rodovia que o próprio empreendimento pretende fazer. Os municípios também já são interligados pela BR 101, facilitando o acesso logístico.

"Nós escolhemos essa filosofia descentralizada para ganhar algumas vantagens na questão de logística e eficiência. Na questão do acesso, temos acesso pela ferrovia, que já existe, só precisa ser ajustada. Todos os municípios já são interligados pela BR101 e o projeto também conta com a criação de uma nova estrada. Com relação ao calado, escolhemos o lugar da costa brasileira, onde conseguimos alcançar 40 metros natural de calado. Os navios, normalmente, precisam de 25 e nós já teremos 40. Além disso, buscamos o porto no interior porque temos áreas abundantes e não temos a preocupação da ocupação urbana aglomerar", explicou o projetista.

Sobre os possíveis impactos nos municípios, Anderson Gomes explicou que a empresa ofertará aos municípios, de forma quase que gratuita, mão de obra para auxiliar no planejamento urbano e minimizar os efeitos que possam ser causados à malha urbana.

Além disso, a empresa também tem se preocupado em atender, além dos passivos ambientais, que a lei determina. Para isso, os representantes da agência já buscaram os órgãos necessários para tratar o assunto, inclusive, ofertando ao Governo Federal, a possibilidade do Parque de Jurubatiba, que possui sede em Carapebus, passar a ser administrado pela empresa.

Segundo informou, todo o Norte e Noroeste terá benefícios com o desenvolvimento econômico de forma integrada, e o investimento será de iniciativa privada nacional e internacional. O projeto prevê um investimento de 45 bilhões de dólares, ao longo de 10 anos. Nos primeiros cinco anos, será realizada a construção do porto, para que então comece a receber e distribuir cargas. Os outros cincos anos serão para conclusão das obras.

"O que os municípios vão gastar? Nada. Tudo será custado pela iniciativa privada internacional e nacional. Pelo fato do projeto ser 100% privado, resolvemos trabalhar com a questão privada porque entendemos que o dinheiro público tem que ser aplicado dentro do setor público", explicou o projetista.

O Presidente da Câmara Municipal de Conceição de Macabu, Vereador Jorge Luiz Silva Andrade (Dhal), representou Conceição de Macabu na Audiência Pública e declarou que enxerga o projeto com bons olhos. "Vejo esse Projeto como uma grande oportunidade para os trabalhadores macabuenses. Nossa economia sempre girou entorno do setor offshore, onde Macabu, em contra partida, exporta a anos mão de obra qualificada, além de também trazer investimentos para o setor agrícola. Em meio à crise em que o país atravessa, em especial neste período de pandemia, o Complexo Portuário Itaporto, chegará como uma alternativa para a economia de toda Região e tenho certeza de que abrirá portas de empregos para os macabuenses", concluiu o Presidente Dhal.

Sobre o projeto.

O Complexo Portuário Itaporto Offshore e Alfandegário Carapebus é um projeto da OSCIP-ADRENNERJ em parceria com a Prefeitura Municipal de Carapebus, que por sua vez está situada no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro fazendo divisa com o município de Macaé/RJ.

O Itaporto Carapebus é uma estrutura portuária que será construída em parceria com a iniciativa privada brasileira e internacional, e que, durante e após a sua fase de construção, gerará uma parcela significativa de empregos diretos e indiretos, tão sonhados e desejados pelos munícipes que residem nas cidades que formam o norte do Estado do Rio de Janeiro.

A previsão é que o porto tenha capacidade para até 74 navios simultaneamente com 135 quilometros quadrados juntando todas as retroáreas.

Fonte: RJNEWSnoticias

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