MacaĂ© ultrapassa a marca dos 600 óbitos por Covid-19 e registra alta taxa de mortalidade

MunicĂ­pio possui, atualmente, 27.458 casos confirmados da doença

Por RJNEWS em 29/05/2021 às 05:55:00
Nesta semana, o município ultrapassou os 600 óbitos por Covid-19

Nesta semana, o município ultrapassou os 600 óbitos por Covid-19

MunicĂ­pio possui, atualmente, 27.458 casos confirmados da doença. Segundo GT Covid-19 da UFRJ Macaé, taxa de mortalidade é de 221,4, por 100 mil habitantes.

Daniela Bairros

Macaé ultrapassou, nesta semana, a marca dos 600 óbitos por Covid-19. Segundo o CovidĂ­metro da Prefeitura de Macaé, são 603 mortes registradas no municĂ­pio, que estĂĄ na bandeira amarela, que significa risco médio no grau de contaminação do coronavĂ­rus. A cidade possui, ainda de acordo com o CovidĂ­metro, 27.458 casos confirmados e 69% de ocupação em leitos de Centro de Tratamento Intensivo (CTI). A média semanal da taxa de incidĂȘncia de casos, é de 111,7.

Mas, segundo estudo divulgado pelo GT (Grupo de Trabalho) de Enfrentamento à Covid-19 da UFRJ Macaé, Macaé possui, alta taxa de mortalidade. O cĂĄlculo é feito por 100 mil habitantes. Segundo os nĂșmeros, a taxa de mortalidade da cidade é de 221,4, por 100 mil habitantes. Os nĂșmeros são referentes do dia 19 de maio. AtrĂĄs de Macaé, estĂĄ Quissamã, cuja taxa de mortalidade, por 100 mil habitantes, é de 394. 0. Em seguida, Conceição de Macabu, que registra 286, 3, Rio das Ostras, 253,9, e Carapebus, 120,6. Os municĂ­pios, além de outros, são mapeados pelo GT Covid-19 desde o inĂ­cio da pandemia, em março de 2020, e fazem parte da ĂĄrea de cobertura do RJ News.

Ainda segundo os nĂșmeros divulgados pelo GT Covid-19 da UFRJ Macaé, quanto à taxa de incidĂȘncia de casos, também calculada por 100 mil habitantes, o municĂ­pio de Conceição de Macabu lidera nos municĂ­pios de cobertura do RJ News. A cidade registra 14.975,6 casos, por 100 mil habitantes. Em seguida, Quissamã, 14.813,3. Macaé estĂĄ com 10.340,3, por 100 mil habitantes. Rio das Ostras, 7209,1, e Carapebus, 7.819,8.

A coordenadora do GT Covid-19 da UFRJ Macaé, e médica epidemiologista, Karla Santa Cruz, ressaltou que a região deve ser preocupar com a nova cepa do vĂ­rus, indiana, e que jĂĄ contaminou em morador de Campos dos Goytacazes. "Isso é muito preocupante. O indivĂ­duo desembarcou em Guarulhos, testou, deu positivo e nenhuma interdição de trânsito foi aplicada. Ele pegou outro avião, desembarcou no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, depois foi para Campos, de ônibus. E isso pode ter um impacto na região. A cepa indiana é mais transmissĂ­vel, não se sabe se ela é mais grave, e as vacinas disponĂ­veis tĂȘm sido eficazes. Então, o principal ponto de atenção, com a entrada da nova cepa, não é necessariamente e diretamente à mortalidade, mas a incidĂȘncia e prevalĂȘncia, contudo, disputando leitos de hospitais, indiretamente, pode aumentar a mortalidade", explicou a médica especialista.

Macaé define estratégias para mapear e conter avanço de novas variantes da Covid-19

O mapeamento de novas variantes do CoronavĂ­rus faz parte da estratégia adotada por Macaé na atual etapa de enfrentamento à pandemia. O assunto foi pauta de uma reunião do ComitĂȘ Especial de Acompanhamento e Enfrentamento da Covid-19, na Ășltima quarta-feira, dia 26.

Até o momento, Macaé não registrou confirmação de casos da B.1.617, variante indiana. No entanto, intensifica medidas com o objetivo de agilizar a identificação de novos casos positivos da Covid-19, promover o isolamento orientado dos pacientes, além de reforçar a fiscalização nos principais acessos à cidade, através da permanĂȘncia dos bloqueios sanitĂĄrios.

Desde o Ășltimo domingo, dia 23, a equipe da Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de SaĂșde atua junto ao Ministério da SaĂșde, a AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) e a Secretaria Estadual de SaĂșde, para acompanhar informações e mapear o deslocamento do paciente de Campos dos Goytacazes com diagnóstico confirmado da variante indiana.

As equipes que atuam no atendimento a pacientes com sintomas, nos polos do Centro de Triagem dos Pacientes de CoronavĂ­rus (CTC), também receberam orientações sobre cuidados e protocolos de identificação, confirmação e notificação de casos que exigem investigação sobre o perfil das novas variantes.

Além dos profissionais que estão na linha de frente, o risco de disseminação das novas variantes da Covid-19 é um alerta também para a população, que precisa seguir à risca os protocolos sanitĂĄrios essenciais ao enfrentamento a pandemia: o uso adequado e contĂ­nuo de mĂĄscaras, a higienização das mãos e superfĂ­cies de contato, evitar aglomeração e buscar atendimento imediato na fase inicial de sintomas.

"Além dos sintomas, o atendimento aos pacientes da Covid-19 analisa também o perfil e rotina dessas pessoas, como forma de identificar o contĂĄgio de outros indivĂ­duos, do seu grupo familiar e profissional. Esse rastreamento nos ajuda a romper o ciclo de disseminação, o que se faz ainda mais necessĂĄrio agora diante do risco de avanço da variante indiana", explica a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Lisa Chagas.

Fonte: RJNEWSnoticias

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