Em CPI, Petrobras anuncia que 84% do petróleo será produzido no Rio até 2024

Oitiva aconteceu nesta segunda-feira (24) e faz parte da investigação na queda de arrecadação de royalties de petróleo

Por RJNEWS em 25/05/2021 às 07:47:50
A Petrobras não vê empecilhos em aplicar essa comunicação, desde que seja alterada na regulação

A Petrobras não vê empecilhos em aplicar essa comunicação, desde que seja alterada na regulação

Durante audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que investiga a queda na arrecadação de receitas compensatórias da exploração de petróleo e gás no estado, representantes da Petrobras anunciaram perspectivas de novos investimentos e prestaram contas de medidas para aumentar a transparência da fiscalização dos órgãos estaduais. A oitiva foi realizada nesta segunda-feira (24).

Diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, Roberto Ardenghy abriu a reunião informando que o setor de óleo e gás vai crescer expressivamente até 2024 no estado. Segundo Ardenghy, o Rio será responsável por 84% da produção de petróleo da Petrobras.

"Atualmente, 80% da nossa produção já é feita aqui. Produzimos, por dia, aproximadamente 2 milhões de barris de petróleo no Rio. Isso demonstra o quanto o estado é valorizado pela Petrobras", pontuou.
No entanto, o presidente da Comissão, deputado Luiz Paulo (Cidadania), lembrou que em 2016, quando o Rio enfrentou a sua maior crise financeira, a Petrobras, sem avisar previamente, deixou de repassar recursos de participações especiais.

"A nossa segunda maior receita, depois do ICMS, são os royalties e participações e a Petrobras, mesmo sabendo disso, não nos informou, previamente, que a nossa arrecadação em um trimestre seria nula. É preciso que haja um sistema de comunicação respeitoso com o estado para que se avise previamente situações como essa. Até um ano antes o estado precisa saber o que será abatido", sugeriu o parlamentar.

Em resposta, o gerente geral de Representação e Negociação Externa da Petrobras, Cristiano Gadelha, disse que a empresa cumpre medidas e práticas definidas em regulamentação e que a Petrobras não vê empecilhos em aplicar essa comunicação, desde que seja alterada na regulação.

"Adianto que cumprimos uma série de práticas em conformidade com a regulação, mas reconheço que pode haver atualização dessa regulamentação com a ANP ( Agência Nacional do Petróleo e Gás)".
Gadelha também pontuou que neste mês a empresa criou um protótipo para facilitar a fiscalização da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), cumprindo com a decisão judicial que determinava tratativas para entrega sistematizada e escalonada das informações dos últimos 10 anos da empresa.

"Fomos intimados em 2019 para apresentar os documentos à Sefaz. No entanto, o processo passou por alguns entraves, até que em julho do ano passado foi emitida uma decisão judicial e a empresa se movimentou para cumprir a decisão", concluiu Gadelha.

Fonte: O Dia

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