A Câmara Municipal de Macaé poderá ter que aprovar um projeto para reduzir o salário dos servidores municipais. A informação foi dada pelo presidente da Câmara, Cesinha, durante a sessão desta terça-feira, 04.
De acordo com o vereador, os estados e municípios terão que acompanhar a determinação Federal, sendo assim, logo a câmara terá que votar um projeto, que trata sobre a redução de salário dos servidores.
"O prefeito já conversou com o sindicato, o sindicato entendeu que não dá para fugirmos dessa responsabilidade. Entendemos, que retirar dos funcionários públicos é um retrocesso. É um momento que requer atenção, cuidados e responsabilidades", declarou o vereador ao se posicionar favorável ao requerimento do vereador Reginaldo do Hospital, que institui o 14º salário para profissionais da área da saúde, que estão atuando na linha de frente contra o coronavírus. "Voto favorável para esse projeto de valorização dos servidores e espero que em um momento mais oportuno o governo possa fazer valer", concluiu.
Antes da fala do presidente da casa, a vereadora Iza Vicente (Rede), que também foi favorável ao requerimento do 14º salário, chamou atenção para a situação dos servidores municipais. "Aproveito a oportunidade para falar sobre a situação geral do servidor municipal de Macaé. O reajuste não foi considerado na gestão anterior. E hoje, não só o funcionário da saúde, mas também de outros setores, que estão funcionando durante a pandemia, trabalham muitas vezes sem o reconhecimento, sem receber uma remuneração adequada. Enquanto isso, tudo está muito caro. Principalmente, alimentação. Uma coisa que era R$2,00 hoje é R$8,00. O servidor trabalha desestimulado. Acredito que essa casa possa discutir também esse assunto e apontar para o prefeito essa necessidade, apesar de entender o momento delicado, que estamos passando no orçamento", lembrou a vereadora.
O vereador Edson Chiquini (PSD) também foi favorável ao projeto, mas se mostrou extremamente preocupado com a redução de salários. "O município não dá reajuste aos servidores há sete anos, e agora temos que votar a redução dos salários. Estaremos cometendo uma injustiça sem tamanho. Olha quanto custava o arroz, o feijão, o litro de gasolina há sete anos atrás e olha quanto custa agora. É uma covardia, que seremos obrigados a cometer por conta do Governo Federal. Então, é um projeto que precisa de muita atenção", salientou o parlamentar.
Após o debate, a Câmara aprovou por unanimidade, o requerimento do vereador Reginaldo do Hospital, que institui o 14º salário para profissionais da área da saúde, que estão atuando na linha de frente contra o coronavírus. "Nesse momento tão difícil, temos visto o quanto os profissionais da saúde estão se desdobrando. Não é fácil. É uma tortura psicológica muito grande. E esses profissionais merecem uma bonificação para fazer uma higiene mental. Acredito que todo funcionário merecia o 14º salário. Não estamos excluindo ninguém. Mas, nosso objetivo é oferecer um momento de lazer, que estão vivendo em um cenário de guerra. Trabalho há 20 anos na saúde e nunca vivi um momento tão difícil", relembrou
