TrĂȘs candidatos a prefeito disputarão as eleições suplementares em Carapebus

Votação serĂĄ no dia 07 de novembro. Eleições foram marcadas depois que ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manterem irregular a candidata da ex-prefeita Christiane Cordeiro (PP), que teve o mandato cassado

Por RJNEWS NOTÍCIAS em 05/10/2021 às 10:52:23
As eleições complementares em Carapebus serão realizadas no dia 07 de novembro

As eleições complementares em Carapebus serão realizadas no dia 07 de novembro

Daniela Bairros

TrĂȘs candidaturas à prefeitura de Carapebus e que vão concorrer às eleições suplementares no municĂ­pio no dia 07 de novembro, foram registradas no site Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na chapa da situação, da famĂ­lia dos ex-prefeitos Eduardo Cordeiro (PP) e Christiane Cordeiro (PP), concorrerão o presidente da CĂąmara Municipal e atual prefeito interino de Carapebus, vereador Dandinho (Avante), que terĂĄ como vice o ex-secretĂĄrio de Planejamento, Luiz Victor Cordeiro (PSDB), sobrinho do ex-prefeito,

Outras duas chapas concorrerão às eleições suplementares do municĂ­pio, uma tendo Bernard Tavares (Republicanos), como candidato a prefeito, e Borginho (Cidadania), como vice, e outra tendo Edward AraĂșjo (PMB), como candidato a prefeito, e Simone de Paula (PMB) como vice,

No site do TSE, as trĂȘs chapas ainda aguardam julgamento dos seus respectivos pedidos de registro das candidaturas para que os candidatos a prefeito e a vice possam ter, de fato, seus nomes confirmados nas urnas no inĂ­cio de novembro.

Os candidatos eleitos em 7 de novembro, data do pleito suplementar, exercerão mandato até 31 de dezembro de 2024. Somente estão aptos a votar na eleição suplementar eleitoras e eleitores que possuĂ­am domicĂ­lio eleitoral no municĂ­pio em 9 de junho de 2021, desde que estejam em situação regular. Assim como no pleito de 2020, a identificação biométrica não serĂĄ utilizada e o uso de mĂĄscaras de proteção nas seções eleitorais serĂĄ obrigatório.

Os eleitos que tiverem as contas de campanha aprovadas devem ser diplomados até o dia 29 de novembro. A posse dos eleitos é uma atribuição da CĂąmara Municipal. As demais datas e regras do processo eleitoral suplementar, como prazos para impugnações, julgamento de reclamações e direito de resposta, recursos e prestações de contas estão na resolução aprovada nesta quinta-feira (2).

As eleições suplementares para a Prefeitura de Carapebus foram marcadas pelo TSE após os ministros manterem irregular a candidatura da ex-prefeita Christiane Cordeiro, cassando seu mandato, baseado na reprovação das contas da ex-prefeita no exercĂ­cio de 2017 pela CĂąmara Municipal.

Eleita nas eleições municipais de 2020, Christiane Cordeiro ainda tentou recorrer, conseguindo uma liberação judicial para assumir o mandato, mas a decisão acabou mantida pelos ministros do TSE, que determinaram seu afastamento do cargo e a realização do pleito suplementar.

Desde então, o Executivo é comandado de forma interina pelo presidente da CĂąmara, o vereador Dandinho, que agora tentarĂĄ se manter à frente da prefeitura até o final do mandato, em 31 de dezembro de 2024, quando estão marcadas novas eleições municipais em todo o paĂ­s.

Para o cientista polĂ­tico JĂșlio Boldrini, em geral, os eleitores não gostam dessa descontinuidade do mandato polĂ­tico, pois a própria administração pĂșblica perde um pouco da sua rotina, programas e projetos.

" Mesmo para o gestor que assim e depois precisa se afastar ,a existĂȘncia e a possibilidade de não continuar jĂĄ desarticula seu trabalho, além de ficar impossibilitado de contratações a longo prazo. No entanto, a democracia tem como base a Justiça. Mesmo que demore e venha tardiamente, ela melhor do que não acontecer, pois a ela ( a Justiça ) é quem credibiliza o processo polĂ­tico. A celeridade da Justiça é mais uma luta por garantias constitucionais, a falta dela é a sociedade caminhando para a barbĂĄrie. Por mais que isso gere desconforto, ainda assim é o melhor caminho e acreditar na Justiça é a Ășnica saĂ­da para uma sociedade menos desigual. Acreditar que o pleito eleitoral é a vontade soberana do povo, mas que alguém se aproveitou para burlar as regras da democracia e assumir um mandato que não é seu, significa retirar o principal direito do cidadão, que entregar a administração de uma cidade, estado ou paĂ­s aquele que de fato foi o escolhido pelo eleitores e reflete a sua vontade, por isso estĂĄ legalmente autorizado a exercer o poder", enfatizou Boldrini.


Foto: Ilustração

Comunicar erro
AGENCIA NCX MARKETING E VENDAS

ComentĂĄrios

Zion