De volta ao mar: Big Rider de Rio das Ostras retorna ao Hawai em dezembro para encarar ondas grandes

A viagem aos Estados Unidos está marcada entre os dias 16 e 19 de dezembro

Por RJNEWS NOTÍCIAS em 24/09/2021 às 11:52:31

Daniela Bairros

O surfista profissional de ondas grandes, André Pássaro, de Rio das Ostras, anunciou nesta quarta-feira, dia 22, que voltará a surfar no mar do Hawai, em dezembro. O Big Rider, que desde o início da pandemia da Covid-19 está sem viajar para outros países e enfrentar ondas grandes, afirmou que já tomou as duas doses da vacina contra o coronavírus. Ele ainda declarou que, como de costume, vai ficar na Ilha de Oahu, para surfar pipeline, waimea, sunset, rock point e se um swell forte encostar no arquipélago, vai para Ilha de Maui surfar a onda de peahu "jaws". A viagem, segundo Pássaro, está marcada entre os dias 16 e 19 de dezembro.

Ao RJ News, André Pássaro disse que a expectativa é que até antes do fim do ano, os brasileiros sejam liberados para entrar diretamente nos Estados Unidos. "Estou muito feliz por estar tendo mais uma vez, essa oportunidade de representar a nossa região na meca do surf mundial", declarou o Big Rider. Nesta semana, o surfista de ondas grandes disputou o campeonato Big Waves, na Praia de Itacoatiara, em Niterói. Devido à ressaca, as ondas chegaram a 3,5 metros de altura. O surfista chegou a cair, mas não sofreu nenhum ferimento.

Em junho deste ano, André Pássaro também esteve na Praia de Itacoatira, onde enfrentou ondas de dois metros e meio a três metros. Na ocasião, o surfista explicou que devido à pandemia e a circulação das novas variantes do coronavírus, estava se dedicando, como pode, no esporte. "A Praia de Itacoatiara, em Niterói, é ideal para os meus treinos, quando o mar sobe.

E gosto muito de ir a Niterói, porque tenho muitos amigos e sempre sou muito recebido por todos eles", declarou.

Em fevereiro, o Big Rider encarou grandes ondas em Fernando de Noronha, Pernambuco. Ao todo, foram seis dias em Noronha, onde ele encarou ondas de seis a oito pés, causado pelo fenômeno conhecido como swell, que provoca grandes ondas na ilha. À época, o surfista André Pássaro explicou que já sabia do fenômeno na localidade e que o mar ficaria grande. "Eu estava muito tempo sem pegar onda grande no Brasil, principalmente no verão.

E em Fernando de Noronha deu ondas grandes. Eu não sabia que as ondas de Noronha eram tão fortes. E dependendo, de quando a maré está muito rasa, fica como se tivesse fundo de coral, mas é fundo de pedra. Então lembra muito o Hawaí. É uma onda pesada, perigosa, não é para qualquer um surfar. Mas superei minhas expectativas, porque eu não imaginava que era um mar tão forte. Por ser uma ilha, a corrente é forte, passa muita ondulação. Não é o tamanho de onda que eu esperava, mas é muito forte e potente. Pretendo voltar no ano que vem. Agora é focar nos próximos objetivos", declarou.

Tow in em Maresias, Litoral Norte de São Paulo

Ao lado do também surfista de ondas grandes, Guilherme Panda, também empresário no Litoral Norte de São Paulo, André Pássaro encarou o mar de Maresias, também em fevereiro deste ano, no tow in, surf sem remada em que o surfista é rebocado por um jet-ski. Segundo ele, o mar não estava tão grande como era esperado.

"Foi um dia de surf, mas conseguimos pegar algumas ondas. Foi uma ótima experiência para mim. Quero aprender mais nessa modalidade, porque é um surf totalmente diferente. O Guilherme me passou muitas dicas. Não consegui pegar ondas grandes, mas fiquei feliz pela experiência", declarou.

O surfe na pororoca, no Maranhão.

Em setembro do ano passado, André Pássaro, bateu um recorde inédito na carreira. Depois de surfar na pororoca, no Rio Mearim, no interior do Maranhão, o Big Rider passou a ser o primeiro surfista da Região dos Lagos do Estado do Rio de Janeiro, Baixada Litorânea e Norte Fluminense, a encarar o desafio.

André esteve em Arari, no Maranhão, no ano passado, quando participou de um documentário sobre surfe na pororoca, ao lado de Felipe Ruan, o Ruan Pororoca, morador da localidade ribeirinha e que é considerado, atualmente, um dos melhores surfistas de pororoca do Brasil da nova geração. A pororoca é um fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes de maré com as correntes fluviais, no período de maresia, durante as luas novas e cheias.

A composição reproduz ondas intensas e contínuas, que podem ultrapassar quatro metros de altura. A expectativa, de acordo com Pássaro, era, em março deste ano, voltar à localidade para novamente surfar na pororoca, mas levando outros surfistas. Mas, devido às novas cepas do coronavírus, os planos foram adiados.

O Big Rider acumula, no curriculum, o surfe em ondas gigantes em países como o Hawaí, Peru e México, mas pretende, assim que as fronteiras dos países abrirem pós-pandemia, encarar as temíveis ondas gigantes de Nazaré, em Portugal.

Na Região dos Lagos, Pássaro já encarou ondas gigantes em Saquarema. Em Rio das Ostras, André surfou em ondas de mais de seis metros de altura, em agosto de 2017, depois de pular do píer do Emissário de Costa Azul, de uma altura de cerca de oito metros.

Fotos: Moura, Matheus Couto e Mineiro Itacoa

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