O Corinthians divulgou, nesta quarta-feira (30), seu balanço financeiro de 2024, o primeiro da gestão de Augusto Melo. Os números confirmam o déficit de R$ 181,7 milhões, já apontado pela diretoria em documento apresentado aos conselheiros. A situação financeira do clube é preocupante, com as contas sendo inclusive reprovadas em reunião no Parque São Jorge.
Apesar de ter arrecadado R$ 1 bilhão, impulsionado por repasses de direitos federativos (R$ 338,4 milhões), direitos de transmissão (R$ 295 milhões) e patrocínios e publicidade (R$ 253 milhões), o clube não conseguiu evitar o resultado negativo. A arrecadação com jogos na Neo Química Arena, com uma média de 40 mil torcedores por partida, totalizou R$ 93,9 milhões, enquanto o item "Premiações, fiel torcedor e loterias e outras" rendeu aproximadamente R$ 70 milhões.
Os gastos com futebol somaram R$ 759,7 milhões, com R$ 367,7 milhões destinados a salários, benefícios e encargos sociais de atletas, treinadores, técnicos e demais funcionários. O funcionamento geral e administrativo do clube consumiu R$ 106 milhões.
A direção do clube alega que um dos principais motivos para o déficit foi uma dívida de R$ 191 milhões da gestão anterior, que não havia sido contabilizada no balanço de 2023. Caso essa dívida não existisse, o Corinthians argumenta que teria registrado um superávit de R$ 9,5 milhões.
O financeiro de 2024 também revela um passivo total de R$ 2,46 bilhões, o que confirma um cenário de incerteza para o futuro do clube. O Conselho de Orientação (Cori) apontou que o passivo total do clube aumentou R$ 829 milhões ao longo do ano passado. A situação é mais um duro golpe para a gestão de Augusto Melo, que enfrenta forte pressão interna e externa.
O clube teria um superávit de R$ 9,5 milhões.
*Reportagem produzida com auxílio de IA