A concessão de asilo diplomático à Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru, pelo governo brasileiro, reacendeu discussões acaloradas sobre as relações do Brasil com outros países e suas políticas de asilo. Heredia, que enfrenta acusações de lavagem de dinheiro em seu país, chegou a Brasília em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) acompanhada de seu filho, após o asilo ser formalizado com base na Convenção de Asilo Diplomático de 1954.
A decisão de conceder asilo a Nadine Heredia traz à tona o caso de Cesare Battisti, terrorista italiano condenado por homicídio, que também recebeu refúgio no Brasil durante o governo Lula. A extradição de Battisti foi negada em 2010, gerando forte controvérsia e críticas internacionais.
A Justiça peruana condenou Nadine Heredia e seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro durante a campanha eleitoral de 2011. As acusações envolvem o financiamento da campanha por recursos da Odebrecht, atual Novonor, o que ambos negam.
O ex-juiz Sergio Moro, que liderou a Operação Lava Jato no Brasil, também se manifestou sobre o caso. Durante a Lava Jato, Humala foi um dos ex-presidentes peruanos investigados, e Moro atuou na condução dos processos em primeira instância.
"Lula tem uma queda por bandidos e prejudica a imagem do Brasil." disse Sergio Moro.
A comparação entre os casos de Nadine Heredia e Cesare Battisti levanta questões sobre a política de asilo do Brasil e sua postura em relação a figuras políticas e criminais de outros países. A concessão de asilo a Heredia ocorre em um momento de tensões políticas internas no Brasil, com o governo Lula sendo alvo de críticas por suas decisões controversas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA