A Operação Overclean, que investiga desvios de recursos públicos, tem como alvo empresas ligadas aos irmãos Alex e Fabio Parente. Entre elas, a Allpha Pavimentações, que recebeu R$ 67 milhões do governo federal no período de 2021 a 2024.
Os repasses, iniciados durante o governo Bolsonaro e que continuaram sob a gestão de Lula, tiveram origem no famigerado orçamento secreto, um esquema que sempre beneficiou aliados do governo em detrimento do interesse público, conforme dados do Portal da Transparência.
Em dezembro de 2024, Alex Parente já havia sido alvo de uma ação da Polícia Federal, que interceptou um voo seu de Salvador para Brasília. Na ocasião, foram apreendidos materiais que a PF classificou como "contabilidade clandestina", o que demonstra a organização do grupo em ocultar seus rastros.
A primeira fase da Operação Overclean foi deflagrada poucos dias depois, focando inicialmente em desvios no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).
A segunda fase da operação, em 23 de dezembro, resultou na prisão de um policial federal, do vice-prefeito de Lauro de Freitas (BA), Vidigal Cafezeiro Neto, do secretário de Mobilidade Urbana de Vitória da Conquista (BA), Lucas Dias, e de Carlos André Coelho, apontado como operador do esquema.
Em 15 de janeiro de 2025, o caso foi encaminhado ao STF após surgirem indícios de envolvimento do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), o que pode levar a novas revelações sobre o caso.
A decisão de Kassio Nunes Marques instrui o Coaf a repassar todos os detalhes das transações à Polícia Federal.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
