A Câmara dos Deputados discute a reativação da PEC da Blindagem, uma proposta que visa limitar a atuação da PolĂcia Federal no âmbito do Legislativo. Essa movimentação surge após uma operação da PF contra o deputado Afonso Motta (PDT-RS) em fevereiro, gerando desconforto entre os parlamentares.
A proposta, se aprovada, poderia blindar parlamentares de investigações e mandados judiciais, acendendo o debate sobre a autonomia da PF e a necessidade de transparĂȘncia nas ações do poder pĂșblico.
"Dentro desse lobby, parece haver tambĂ©m chantagem. NotĂcias sobre processos envolvendo o presidente Hugo Motta tĂȘm surgido com frequĂȘncia, incluindo operações da PolĂcia Federal contra um prefeito ligado a ele." afirmou o deputado MaurĂcio Marcon (Podemos-RS), vice-lĂder da oposição, levantando suspeitas sobre a motivação por trĂĄs das ações da PF.
A discussão em torno da PEC da Blindagem ocorre em um momento de alta tensão polĂtica, com a oposição pressionando pela votação da anistia aos presos do 8 de janeiro, enquanto o governo busca manter a estabilidade e a governabilidade. A relação entre os poderes Legislativo, Executivo e JudiciĂĄrio tem sido marcada por embates e divergĂȘncias, com a PF no centro de algumas dessas disputas.
A proposta reacende o debate sobre os limites da atuação da PolĂcia Federal e a autonomia dos poderes, em um momento de polarização e desconfiança polĂtica no paĂs.
A reação dos parlamentares, liderada por figuras como Hugo Motta, demonstra a preocupação com o que consideram interferĂȘncia indevida nas atividades do Legislativo, levantando questões sobre a separação de poderes e a independĂȘncia das instituições.
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA