Muitos macaenses não sabem da riqueza cultural de sua terra. Infelizmente nossos governantes nunca tiveram o cuidado de preservação e valorização do nosso passado. Uma cidade de histórias que deveriam estar sendo contadas em salas de aulas. A escola seria o primeiro passo para o desenterro dessa cultura rica e de importantes feitos. Que pode atrair para Macaé inclusive turistas de nível cultural elevado. Enquanto não damos o devido valor a cultura, nossos pontos históricos se diluem com o tempo. É triste ver o Palácio dos Urubus, um ponto que poderia ser uma biblioteca ou mesmo um espaço para exposição de artes. Mas todo em ruinas ainda prometendo uma tragédia, por estar situado em uma avenida movimentada onde passantes atravessam a rua com medo do desmoronamento desse.
A Associação Bio-Flor de Cannabis Terapêutica, apresenta em sua segunda roda cultural, Grazielle Heguedusch, especialista em educação patrimonial em Macaé, criadora do Desvendando Macaé, turismóloga, pós graduada em história e cultura no Brasil. Mestrando na NUPEM/UFRJ, em ambiente, sociedade e desenvolvimento e Ruben Gonçalves Almeida Pereira Heguedusch conhecido músico e pesquisador de nossa cidade. A Bio-Flor tem em seu principal projeto o cuidado da saúde de seus associados. Mas paralelo a isso, o levantamento cultural de nossa cidade. Abrindo em sua sede um espaço cultural onde quinzenalmente reunirá pessoas interessadas para uma viagem ao passado.
Histórias que atravessam tempos vividos por índios, escravos e um povo originário dessas tradições, que deixaram traços, que convivemos até os dias de hoje. São fatos de tanta importância, que quando nossos historiadores começam a falar, automaticamente as atenções são envoltas nesse retrocesso, que nos leva a viver Macaé nos primórdios de seus tempos.
Não viveremos só momentos de memórias históricas. Queremos também a presença das "rezadeiras" e curandeiras, com suas formulas de chás e cataplasmas usados por nossas avós, em tempos, em que a farmácia era nos fundos do quintal, ervas que nasciam de sementes trazidas por pássaros, que ali cantavam.
Queremos pescadores falando da primeira cultura aqui vivida. A pesca tem um valor imensurável, afinal ninguém se alimenta de petróleo, mas da pesca que, foi o sustento de Macaé por muito tempo. Essas aventuras vividas por nossos heróis pescadores devem ser conhecidas por nós.
Queremos ferroviários, falando do quanto foi importante a ferrovia para a nossa cidade. Não era somente um meio de transporte para viajantes, muitos não sabem que ela, era quem abastecia com agua a nossa Macaé, quando haviam problemas na rede da Atalaia.
Queremos a presença de homens que nos contem sobre progresso da maior divisa monetária que tivemos, o petróleo. O que ainda está por vir. Por que Macaé não teve o seu devido crescimento com essas divisas financeiras? Será que aqui de fato chegou a ser uma Dubai, mas apenas para poucos? Ou tudo não passou de uma promessa, que só nos trouxe perspectivas e desgastes?
Precisamos saber o que farão daqui para frente com a nossa Princesinha do Atlântico. Em tempos em que a cultura mostra o quanto vale, estaremos aqui para fazer levantamentos e registro de fatos que não poderão ficar no esquecimento como uma fumaça que se foi.
Esperamos você neste sábado para esse encontro em nosso auditório. A Associação Bio-Flor de Cannabis Terapêutica, te espera em sua sede, na Rua Francisco Pereira de Mendonça 63, no Parque Valentina Miranda as 15:00h.