Em um jogo "morno", e com gols de Messi e Alexis Sánchez, Argentina e Chile empatam pelas eliminatórias.

Partida mostrou o que vinha ocorrendo nos confrontos recentes; muito equilíbrio e poucas chances claras de gols. Os maiores artilheiros de suas seleções marcaram e evitaram um 0 x 0.

Por Gabriel Carneiro em 04/06/2021 às 16:17:22

Messi atuando contra a seleção chilena

É bem verdade que Argentina e Chile são duas seleções que vem tentando fazer uma renovação mesmo que tardia. A Argentina já vem fazendo essa renovação desde 2018, quando Lionel Scaloni, na época um auxiliar ingressou no comando da Albiceleste e iniciou sua trajetória após a Copa do mundo de 2018. O Chile por sua vez, sofreu na última eliminatória e ficou fora da Copa do Mundo de 2018, o que fez com que a seleção repensasse alguns jogadores. A partida contra a Argentina marcou a estreia do técnico Martín Laserte no comando de La Roja, que terá muito trabalho pela frente.

Diante desse cenário e do longo tempo de paralisação das eliminatórias, por conta da pandemia da Covid-19, os dois times sofreram com a falta de entrosamento e de ritmo. Desfalques por ambos os lados também foram sentidos, jogadores como Arturo Vidal e Sergio Aguero estavam de fora da partida.

A Argentina teve os mesmos velhos problemas; faltaram aproximações no meio de campo, jogadas invertidas, tabelas e principalmente um jogador para dialogar mais com Messi no terço final do campo. Na escalação oficial para a partida, o Dí Maria pareceu que seria esse jogador a ficar mais próximo de Messi, mas não ocorreu, foi um jogador que Scaloni preferiu escalar com a função de abrir a defesa do Chile, mas não funcionou. Assim como o Lucas Ocampos, que foi preterido para fazer a mesma função do Dí Maria, mas pelo lado oposto. O que chamou a atenção, foi que com ambos os jogadores atuando pelos lados, o time ficou muito centralizado e engessado, o que ajudou a defesa chilena.

Essa partida mostrou o que a seleção argentina tem de melhorar; que é a sua transição ofensiva. É nítido que os jogadores demoram a avançar e quando um atacante tem a chance de partir em contra-ataque, o restante do time ou está longe ou está desorganizado no ataque, o que mostra uma fragilidade ofensiva do time. Mas tiveram alguns destaques positivos; a estreia do zagueiro Cristian Romero, que é jogador da Atalanta, foi muito boa e consistente, já Messi também fez boa partida e conseguiu converter o pênalti, e depois em cobrança de falta quase virou o jogo, mas a trave impediu. Ausências como Montiel, Nicolás González e Lo Celso foram sentidas pelo treinador, uma vez que os três jogadores são titulares e vem se firmando no time com excelentes atuações. Muito trabalho para Scaloni, que na próxima partida poderá contar com a volta de alguns jogadores.

Já o Chile, fez uma partida consistente, mas sofre também com ausências. Na verdade, a mais sentida foi a do Arturo Vidal que é um jogador muito importante para o esquema do time. Vidal, é aquele volante que ataca muito bem e também marca de forma impressionante, é um leão no meio campo de La roja. Exemplo disso, é que o jogador é um dos artilheiros das eliminatórias com 4 gols marcados.

Como havia falado anteriormente, o Chile fez uma partida consistente e contou com a movimentação do seu ataque para incomodar a defesa dos Hermanos. O Martín Laserte optou por colocar um ataque mais "leve", e foi muito bom. Vimos uma boa partida de Alexis Sánchez que se movimentou bastante junto com Eduardo Vargas e Jean Menezes. Essa trinca de baixinhos trocava de posição o tempo todo, tentando ludibriar o sistema defensivo, mas acabou que na bola parada cruzada na área, Sánchez deu igualdade a partida e deu um empate muito bom para os visitantes.

Um dos maiores problemas do Chile está no seu meio campo, que compete muito sem a bola, mas com a bola carece de bons passadores e principalmente de uma "camisa 10". Exemplo disso é que a seleção tem bons nomes no seu ataque, mas não tem um meio campo a altura para deixá-los em boas situações para marcar. O Sánchez é um atacante que em várias oportunidades da partida era visto no meio campo para iniciar as jogadas, e isso afeta a produtividade do time no último terço do campo. O treinador terá que achar soluções para entregar melhor essa bola no seu ataque, e só tem como encontrar essa solução por meio de convocações de novos jogadores e testando-os, não há outro jeito. Mas a exemplo da Argentina, também tiveram alguns jogadores com boas atuações na partida, exemplo de Medel que ajudou muito a parar o ataque argentino, assim como Sánchez e o lateral esquerdo Mena.

A Argentina volta a campo na próxima terça feira (8) contra a Colômbia em Barranquilla, em busca de uma vitória para se mantiver na 2º colocação, já o Chile enfrenta a Bolívia também na terça feira em Santiago buscando escalar a tabela de classificação, hoje, a seleção se encontra na 7º colocação. Teremos muitas emoções ainda nessas eliminatórias e vocês verão as análises aqui.

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