Gi Germano, contadora de histórias
Hoje, eu, Gi Germano, preciso compartilhar sobre a importância da contação de histórias, e eu sou uma contadora de histórias!
Tudo começou com minha mãe, Dona Maurina... Isso mesmo!
A oralidade presente na rotina dentro de casa!
As histórias eram verídicas envolvendo a infância, adolescência, fase adulta e até mesmo o que acontecia durante o dia dela. A forma como ela contava, transformava em hilárias, arrepiantes ou fantásticas histórias.
Não tínhamos celulares...
Tínhamos tv...
E acesso aos livros literários, na época eram vendidas coleções de livros, e as histórias não eram resumidas, como nos dias atuais...
Mas, a contação de histórias ganhava dos livros...Rsrsrsrsrsr!
Suas histórias da infância tratavam das brincadeiras, tempo de escola e muitos acontecimentos que envolviam os irmãos e meus avós: vó Raimunda e vô Aleluia!
Só de lembrar, sinto vontade de rir...
E por que isso prendia a minha atenção? Essa realidade não fazia parte da minha realidade... Eram fatos! Brincar na rua... Fazer comida de verdade em mini fogão à lenha criado pelas crianças, caçar sapo, correr de assombração... E assim por diante!
Entendendo essa dinâmica logo que iniciei na época curso Normal ou Formação de Professor, absorvi a contação de histórias e já nos estágios utilizava a contação como recurso para tocar os corações.
E para unir a contação com o imaginário vieram as criações dos fantoches que na época eram de papéis ou papelão! Utilizava outros recursos como flanelógrafo, constelação de histórias, caixa de história, varal de história, avental, maquete e cenários móveis... Tudo era ensinado em sala de aula, e tínhamos que executar em casa, assim Dona Maurina também entrava na produção, primeiro porque gostava e segundo filho dela não ia pra escola sem fazer tarefa de casa...Rsrsrsrsrs...
Na época do Curso Normal, estranho utilizar esse nome, rsrsrsrs... Tínhamos disciplinas que trabalhavam a contação de histórias, estou falando de 40 anos atrás... A "normalista" saia apta a ministrar não só as suas aulas como também aprendia a criar seus recursos e utilizá-los em suas aulas, fosse nos momentos pedagógicos como no momento da leitura que envolvia a contação de histórias.
As técnicas eram muito importantes: utilizar a voz e fazer as expressões, utilizar músicas, sons e assim por diante.
Antigamente, a contação de histórias era muito vista em escolas, com o tempo, saiu do ambiente escolar, passou a ser utilizada em festas como aniversários, casamentos, bodas... E nas igrejas... No meu caso na Paróquia São João Batista, nas Missas com crianças aos sábados às 17h.
As histórias chegaram nas empresas, hospitais, clínicas e outros setores! Outros profissionais começaram a introduzir em seus atendimentos a contação ou uso de livros infantis, compreendendo a sua importância e os benefícios para a saúde emocional, profissional e social.
Conheci a Biblioterapia, terapia com livros, e logo passei pela formação, com a psicóloga Cristiana Seixas, a pessoa que nasce no dia 18 de abril acaba tendo uma ligação muito forte com a literatura...
E então, eu Gi Germano, passei por diversas formações sobre contação de histórias, isso mesmo, e sempre que tenho a oportunidade gosto de participar destes cursos. Aqui em nossa cidade, pela Prefeitura fiz duas vezes o curso de Contação de Histórias e o de Sala de Leitura com a Margarida e Maria Georgina (Historiarte), e recomendo...
Cada pessoa terá o seu jeito para contar... Somos diferentes...!
Fonte: Texto criado por Gi Germano