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Memória Junina

Por Gi Germano em 12/06/2024 às 20:43:46

Memória Junina

E quando Junho chega vem trazendo seus festejos...

Para alguns uma mistura de "country" com sertanejo...

Para quem é raiz, junho vem com memória afetiva carregado de doces lembranças!

Isso significa lembrar das roupas de "caipira", chapéu de palha e das meninas não poderia faltar as tranças, essa era a época que não se pensava no politicamente correto, e nas calças dos meninos não poderiam faltar os "remendos", pequenos retalhos costurados nelas, e para fechar com chave de ouro, as meninas tinham as pintinhas nas bochechas e os meninos barba, bigode e um dente pintado simulando sua ausência.

As meninas com seus vestidos estampados ganhavam rendas, fitas e laços! Figurinos que poderias render votos para competições "caipiras". E quem vendesse o maior números de cartelas para bingos ou "números" para o sorteio na hora da festa poderia concorrer a Rei e Rainha da Festa Junina deste ano!

Loucura....

Na maioria das vezes, minha mãe comprava porque como vivíamos mudando de cidade nosso círculo de amigos e "colegagens" eram pequenos.

Rsrsrsrsrsrs.....

E com isso perdi esta oportunidade!

Rsrsrsrsrsrs....

Agora não posso deixar de falar da Barraca de Pescaria neste resgate da memória! Como hoje era uma barraca muito disputada pelas crianças... E no meu tempo pelas famílias, que participavam ativamente deste momento pescando peixes de papelão enterrados no mar de serragem marcados com números escondidos que ao sair indicavam a prenda....

E qual seria a prenda?

Ou era sabonete... Pasta de dente.... Utensílios para casa.... Isso quando não eram prendas usadas, porque as pessoas achavam de trocar a decoração de casa justamente nesta época e então para onde iriam os objetos???

Barraca da Pescaria da Quermesse de alguma Igreja!

E era tão normal e legal, que não lembro de trocar nada do que pescava... Só a fisionomia de minha mãe quando a prenda era algum "bibelô" . Para quem não sabe enfeite para casa!

As famílias gostavam deste momento com os filhos!

Lembro pouco do "pau de sebo", mas houve uma vez em que um homem estava desesperado pra pegar o dinheiro que estava no alto e ao sinal ele subiu como se não existisse uma gota de sebo nele e nem naquela enorme estaca no centro da festa junina besuntada de sebo.

E o danado conseguiu!

E os demais?

Escorregaram e aos gritos e risos torciam pelo concorrente que concluiu a prova e desceu com as notas de dinheiro muito sorridente.

As guloseimas desta época são sensacionais, fazem jus ao tempo.... Tempo da colheita!

Como não provar uma fatia de bolo de fubá? E a canjica? Milho assado... Cosido... Amendoim... Doces diversos!

Os estalinhos, antigamente eram as bombinhas, ou o som era diferente ou eu que me assustava fácil com os estampidos.

O auge da festa era a quadrilha, pra falar a verdade eram várias, as coreografias eram as mesmas, mudava a música. Por falar em coreografia, os passos eram tradicionais todos sabiam e caso algum par faltasse o substituto já sabia o que tinha que fazer. Fazia parte da tradição!

Não tinha DJ, era sanfoneiro que tocava as músicas e animava o arrasta pé!

Junho chegou e com ela algumas tradições juninas e muitas memórias....

Fonte: Gi Germano (Psicopedagoga/Biblioterapeuta/Neuropsicopedagoga Clínica)

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