Violência de gênero: palestra previne e alerta sobre o combate

O evento acontece dentro dos 16 Dias de Ativismo, que se promove por toda parte campanhas globais pelo fim da violência de gênero e que começou na última segunda-feira (25), Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher.

Por Lourdes Acosta em 29/11/2024 às 20:04:19

Consultora de Direitos Humanos de Criança, Adolescente e da Mulher, Vivianni Acosta, alertou estudantes de Carapebus a combater a violência de gênero. O evento, em forma de palestra, ocorreu na tarde desta sexta-feira (29), no Colégio Estadual Thomaz Gomes, uma escola pública, de ensino médio e de educação para Jovens e Adultos. Na oportunidade, a palestrante, discorreu o tema "Reconhecendo e enfrentando a violência doméstica". O evento acontece dentro dos 16 Dias de Ativismo, que se promove por toda parte campanhas globais pelo fim da violência de gênero e que começou na última segunda-feira (25), Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher.

Reforçando a luta por direitos e segurança, Acosta começou definindo a violência doméstica como ato abusivo cometido por uma parceiro íntimo, ou membro da família, visando controlar, ameaçar ou causar dano físico e emocional, comprometendo a intelectualidade e a dignidade da vítima. Ela abordou os tipos de violência – a física que inclui agressões corporais; a psicológica, que abrange humilhações e manipulações; a sexual que envolve coerções e a abusos e a patrimonial que se refere ao controle ou destruição de bens, entre outros.

- É preciso distinguir os vários sinais de alerta que podem indicar a presença de violência doméstica. Uma delas é a mudança comportamental, com o isolamento social ou o surgimento de lesões inexplicáveis. Ao reconhecermos esses sinais poderemos intervir e ajudar as vítimas a se protegerem -, ressaltou Acosta.

De acordo com a palestrante, a 10ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, feita pelo Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV) aponta o Rio de Janeiro, Rondônia e Amazonas, como os estados com maiores índices de mulheres que declaram ter sofrido violência doméstica ou familiar provocada por homem. "É possível diminuirmos a violência de gênero, promovendo mais educação, disseminado informações sobre o que é violência de gênero, apoiando as política públicas de gênero e reduzindo o acesso a armas. Além disso, precisamos apoiar as vítimas, criar programas de identificação e cuidado, e denunciar a violência de forma anônima ou não".

Para a técnica-pedagógica Danielle Rosa, a palestra da consultora foi muito positiva e esclarecedora num momento em que a equipe enfrenta problemas cognitivos e de socialização, consequentes do período pós pandêmico na vida dos estudantes. "A palestra chegou num momento em que observamos oscilações de humor e indisciplina, suspeitando de situações de vulnerabilidade na estrutura familiar. Outro importante fator observado é a dificuldade nas interações entre os estudantes e entre eles e os professores, tais como indisciplina, intolerância, desrespeito, comunicação agressiva, impactando gravemente o ambiente pedagógico. Estas são algumas das causas que tornam tais palestras e momentos de troca e compartilhamento tão importantes", explicou Danielle.

O evento contou com a participação da Patrulha Maria da Penha de Carapebus, que entre outras coisas, tem cuidado com a prevenção e combate à violência de gênero, visitando residências onde há registros de violência doméstica, oferecendo suporte emocional, jurídico e social às mulheres vítimas de violência e incentivando as denúncias de agressões, entre outras ações.

Disque-denúncia - No Brasil, é possível ligar para a Central de Atendimento à Mulher, no número 180, que está disponível 24 horas por dia. Em caso de emergência, ligue para a Polícia Militar, no número 190.

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Jornalista Lourdes Acosta

DRT/MTE 911-MA

Carapebus, 29/11/2024.

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